A solenidade do acontecimento do culto.
I Coríntios 11: 27
“Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.”
Culto não é uma reunião de pessoas religiosas exaltando um cantor ou pregador de renome ou que estão reunidas apenas com o objetivo de buscar bênçãos dos céus. Culto é um acontecimento soleníssimo, pois é o encontro do Senhor, promovido por Ele mesmo, com seus servos na assembléia litúrgica, a comunhão dos salvos convocados por Cristo e reunidos pelo Espírito Santo para a edificação, a comunhão e a respeitosa adoração ao Redentor. A intenção de Paulo é que entendamos que o motivo último do culto é a edificação do corpo de Cristo, habilitando o conjunto e cada membro para o exercício da fé e do testemunho cristão.
Nos ‘cultos’ que eram realizados no Templo de Salomão as pessoas (neste caso, os judeus) cultuavam, também, com expressões corporais, porém tudo era feito de forma reverente e, acima de tudo, destinadas à reverência, de maneira coerente com o local de adoração, a sublimidade litúrgica, porque o ‘culto’ era destinado ao Senhor Jeová. As expressões corporais não iam além de fechar os olhos, curvar-se, ajoelhar-se, levantar-se, mover suavemente as mãos. Expressões completamente diferentes do vemos em nossos cultos hoje, onde as pessoas pensam que estão prestando culto a Deus dando pulos, dançando, fazendo coreografias, aplaudindo, etc. etc.
Duas correntes filosóficas – hedonismo e iluminismo – exerceram grande influência na liturgia dos cultos nas igrejas cristãs, porque ambas colocam o homem como o centro de todas as coisas, comportamento próprio do culto pagão. No tempo da Nova Era, da teologia da prosperidade, do ‘Cristo da satisfação temporal’, o entretenimento fundiu-se com a espiritualidade. O Cristo da cruz tem sido substituído pelo ‘Cristo da glória terrena’; a fé salvadora foi trocada pela ‘fé positiva’, requerente de ‘direitos humanos’ originais e inalienáveis.
Em alguns cultos, as mensagens pregadas incitam as pessoas a crerem que todas as nossas necessidades, tais como, a saúde, a prosperidade, a realização dos desejos nobres e a felicidade são deveres de Deus e direitos do homem. A oração dos que crêem nestas mensagens não tem a característica submissa à soberania de Deus. É um tipo de oração que não admite resposta negativa (confissão positiva), pois o suplicante não pede favor, ele reivindica direitos. O homem tornou-se soberano, substituindo a Deus nesta categoria. Assim, o Senhor de todos e de todas as coisas foi convertido em submisso servo do homem.
O culto segundo as Escrituras provém da Escritura, é a palavra escrita que determina o culto solene. É tanto urgente, como necessário, oferecer o conceito de culto para que o culto seja devidamente estabelecido.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.