A realidade bíblica da Carne como inimiga da jornada.
Gálatas 5: 19; 6: 8
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia...”
“Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.”
Pelo contexto das passagens bíblicas que tratam da carnalidade humana, percebemos que o homem carnal é crente. Não obstante, sua vida cristã é mista, dividida e marcada por constantes subidas e descidas. Ele é um crente que ‘começa pelo Espírito e termina pela carne’. É chamado carnal porque a velha natureza adâmica, herdada da raça humana, ainda prevalece nele, ou seja, tal homem ainda não se submeteu totalmente ao domínio Espírito Santo.
A carnalidade (no sentido bíblico) como inimiga a ser vencida por nós, não diz respeito apenas aos pecados de ordem sexual, mas fala de tudo aquilo que dá satisfação ao homem e que é contrário aos propósitos de Deus. Nossa natureza pecaminosa, embora não possa ser mudada, precisa ser mortificada e vencida pelo poder do Espírito Santo – “… porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”
Nem todo crente vive uma vida totalmente consagrada, nem se acha disposto a vencer plenamente a natureza adâmica. Às vezes, somos surpreendidos quando nossa velha natureza age livremente ao invés de ‘levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo’. Para ‘destronar’ nossa velha natureza precisamos estar em inteira submissão a Cristo, como nosso Senhor, e pela obra santificadora do Espírito Santo em nosso ser.
Devemos compreender que não é o pecado que morre dentro de nós, mas ao contrário, somos nós que devemos morrer para o pecado e viver para Deus. Da mesma forma não é o mundo que deve ser crucificado para nós, mas ao contrário, somos nós que devemos estar crucificados para o mundo. Um dos grandes perigos na nossa jornada de fé consiste em descermos da cruz.
Nossa natureza pecaminosa não quer nenhum um relacionamento sério com Deus. Vez ou outra, entristecemos o Espírito Santo, fazendo o que bem queremos. O Espírito Santo não pode levar-nos a uma vida cristã abundante, poderosa e triunfante, porque, ainda não atingimos maturidade suficiente para nos libertar de algumas mazelas, porque ainda nos encontramos presos às coisas desta vida e deste mundo.
O homem carnal estará sempre dividido: em parte vive para Deus, e em parte vive para agradar a si mesmo. Enquanto o homem espiritual vive no plano superior das ‘regiões celestiais’, o carnal vive mais na esfera do terreno, porque a sua visão está voltada para o natural.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Doutrina do Homem, Pr. Carlos Oliveira