A murmuração dos israelitas nos dias de Moisés.
Êxodo 16: 11-12
“E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus.”
O teólogo americano Warren W. Wiersbe escreveu que “O Senhor nos prova para estimular o crescimento espiritual e para extrair o que há de melhor em nós, mas o diabo nos tenta a fim de extrair o que há de pior em nós e de estimular a imaturidade espiritual. Nossa atitude diante das dificuldades determina o rumo de nossa vida, pois aquilo que a vida nos faz depende daquilo que ela encontra em nós.”
Assim como aconteceu com os israelitas na peregrinação pelo deserto, hoje vivemos situações semelhantes em nossa jornada para o Céu. É certo que não estamos vivendo literalmente num deserto, mas no contexto bíblico o deserto não se aplica estritamente a uma região geográfica inóspita. O princípio bíblico para sobreviver num deserto é a total dependência de Deus. Num deserto, seja ele literal ou, dentro do contexto bíblico, espiritual, não se tem de onde extrair os suprimentos básicos para a manutenção da vida humana. Obviamente não estamos falando de sobreviver um ou dez dias, mas de viver nele até a volta de Cristo.
Entretanto, independente de quanto tempo vamos ‘peregrinar no deserto’, o desejo do nosso Deus é que estejamos o tempo todo vivendo na Sua dependência. Deus havia prometido atender a necessidade de alimentação do povo hebreu enquanto peregrinassem no deserto e, sendo nosso Deus soberano, Ele decidiu testar a obediência do povo. Quando o Senhor Deus nos envia alguma provação, evidentemente não é para provarmos alguma coisa para Ele, mas pelo contrário, é para provar para nós mesmos. A intenção do Senhor, ao provar o povo hebreu no deserto, era a de conscientizar as pessoas que a obediência à Sua voz era, é e sempre será o melhor caminho para percorrermos.
Nosso Deus não precisa nos testar para ‘saber’ alguma coisa, na verdade o que Ele quer é despertar em nós mesmos os motivos de Lhe obedecer. A questão não é apenas fazermos o que Deus ‘manda’, mas o que nos move (qual a razão) a sermos obedientes. Podemos aprender a confiar em Deus como nosso Senhor a medida que o seguimos, dando pequenos passos de obediência.
Temos aprendido, neste trimestre, que, embora tenhamos entrado pela ‘porta estreita’ e, agora, peregrinando pelo ‘caminho apertado’ rumo ao Céu, os perigos ainda nos rondam e que somos passiveis de queda. E, como a lição desta semana sugere – a murmuração é uma armadilha que nos tira desta caminhada.
Vigiemos e oremos!
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento, Warren W. Wiersbe