Reconhecendo a nossa natureza pecaminosa diante de Deus.
Romanos 3: 10-12
“… como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.”
Para reconhecermos que somos naturalmente pecadores, requer que compreendamos que o caráter santo de Deus é o padrão único e final pelo qual os valores morais podem ser julgados com exatidão. Entretanto, para aquelas pessoas que desconsideram Deus, não existem outros padrões morais além do costume social ou os conceitos de consciências incertos e pervertidos. E, ainda que insistam em negar, os conceitos e costumes sociais, embora falhos e fracos são, não obstante, reflexos indiretos dos padrões de Deus. Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou a transgressão de qualquer lei por Ele dada como regra, à criatura racional.
Em sua essência, o pecado é uma indisposição incansável da nossa parte de permanecer na esfera e limitação na qual o nosso Deus, guiado pela sabedoria infinita, nos colocou. Esta indisposição pode ser expressa de muitas maneiras, e algumas vezes, ficamos conformados com a idéia de que por sermos naturalmente pecadores não temos que lutar contra isso. O homem natural não pode alcançar um entendimento da santidade de Deus, e, no mesmo grau, nenhum ser humano caído pode chegar uma concepção correta da natureza depravada do pecado. Quando se tem o conhecimento de que os juízos divinos do pecado alcançam a eternidade, como de fato eles alcançam, o homem caído questiona esse julgamento.
A doutrina do pecado exige dos estudiosos um exame mais acurado da Bíblia e, mesmo com muita dedicação e estudo é um assunto que não se esgota e nem está definitivamente encerrado. Querer justificar que os nossos atos pecaminosos são, estritamente, em virtude da nossa natureza pecaminosa, nos coloca diante de um impasse. Pois, o pecado de Adão foi cometido sem as inclinações de uma natureza pecaminosa e isso nos evidencia que o seu ato de desobediência foi precedido e preparado por um consentimento de sua vontade, e que, quando ele assim determinou o seu procedimento, ou quando desejou desobedecer a Deus, ele já havia pecado potencialmente.
A atitude de Adão poderia ser definida como um estado de pecado e deve ser observado que, se ele tivesse optado, contra sua vontade, de não praticar um ato manifesto de desobediência, entretanto, com base na intenção e disposição para pecar, ele teria sido condenado da mesma forma. No caso da posteridade de Adão, de quem todos herdam a natureza pecaminosa que incessantemente estimula o pecado, existe um constante estado de pecado que pode ser aliviado somente pelo poder preventivo do Espírito Santo que habita em nós.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Teologia Sistemática, Lewis S. Chafer