Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu.
Ester 2: 5-7, 15
“Havia, então, um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu… Este criara a Hadassa (que é Ester, filha do seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era moça bela de aparência e formosa à vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha. Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.”
O livro de Ester tem, além de muitas outras finalidades, a de nos levar uma profunda introspecção a respeito das coisas que queremos conquistar e os meios usados para alcançá-las. O crente, embora possa ambicionar muitas coisas nesta vida (e isso não é pecado), entretanto, nós sabemos que nossas conquistas dependem do quanto nossos esforços estão associados à vontade e propósitos de Deus para nossa vida. O livro de Ester começa assim. Com pessoas vivendo sem limites. Vidas luxuosas, glória, coisas como as quais a humanidade anseia. O capítulo 1 de Ester nos mostra que os sonhos de poder e luxo deste mundo são apenas ilusões e facilmente se tornam tirania e vergonha.
Eu vejo Mardoqueu como personagem principal deste livro. A vida de Mardoqueu foi repleta de desafios, os quais ele transformou em oportunidades. Quando os pais de Ester (tios de Mardoqueu) morreram, ela foi adotada por ele. Mais tarde, quando foi recrutada para o harém de Assuero e escolhida rainha, Mardoqueu continuou a aconselhá-la. É interessante ressaltar que o nome ‘Mardoqueu’ ou ‘Mordecai’ não era um nome hebreu. Era um nome conectado ao da divindade babilônica Marduque. A Bíblia nos fala da sua genealogia, mas não revela seu nome judaico. Isso indica que Mardoqueu vivia na Pérsia mesmo depois do decreto de Ciro permitindo o retorno dos judeus para sua Pátria.
Não há nenhuma menção do nome de Deus no livro de Ester, todavia, isso não significa que Ele não estivesse supervisionando toda a história. Assim como José no Egito, provavelmente, foi o próprio Deus quem manteve Mardoqueu na Pérsia com o propósito de poupar a vida de todos os judeus que tinha permanecido lá. Mardoqueu não era um revolucionário, muito pelo contrário, ele estava disposto a servir o rei, porém recusou a curvar-se e reverenciar o representante do rei. Hamã ficou furioso.
Hamã não era um inimigo pessoal de Mardoqueu, ele era inimigo de todo o povo judeu. Hamã era um descendente de Agague, rei amalequita e, o povo amalequita era naturalmente inimigo de Israel. Por isso, ele planejou matar Mardoqueu e todos os judeus. Seu plano se tornou lei para os medos e os persas, e parecia que os judeus estavam irremediavelmente condenados.
Mardoqueu, disposto a servir a Deus onde quer que estivesse, tomou a iniciativa de contatar Ester e lhe dizer que talvez o único motivo de Deus ter permitido que ela fosse a rainha era para interceder ao rei e salvar o seu povo desta ameaça. Embora fosse a rainha, Ester estava completamente segura. Ela elaborou os seus planos cuidadosamente. Pediu aos judeus que jejuassem e orassem com ela antes de entrar a presença do rei.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Quem é Quem na Bíblia Sagrada, Paul Gardner.