"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

As mulheres como testemunhas no ministério de Jesus.

Lucas 24: 1-10; João 20: 11-18
 “E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra do sepulcro removida. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus…”
 “E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram…”

A posição da mulher, na cultura judaica, mais especificamente no judaísmo era muito inferior à do homem, pois alguns rabinos chegavam ao extremo de pensar que as mulheres não tinham alma. É entristecedora a verificação do fato de que as mulheres, nas sociedades pagãs, eram mais estimadas do que no judaísmo. Por isso, não nos é difícil compreender por que razão as mulheres não tinham permissão de tomar parte ativa nos cultos religiosos dos judeus.

Uma das grandes contribuições do cristianismo, para melhoria das condições sociais do gênero humano, foi a elevação da posição da mulher, pois as mulheres cristãs podiam gozar de melhores privilégios que no judaísmo. Espiritualmente falando, apesar das limitações da atividade feminina na igreja cristã, segundo as ordens expressas do novo pacto, a mulher não fica em desvantagem, em relação ao homem, pois elas também esperam a completa transformação na imagem de Cristo.

Certamente, se Paulo estivesse vivendo em nosso tempo e fosse líder de alguma igreja, não teria a simpatia de muitas mulheres. Ele estaria escandalizado com o papel que as mulheres desempenham na moderna igreja evangélica. Contemplá-las sem véu, com cabelos cortados curtos, falando livremente, orando em público, ensinando aos homens, liderando a música, seria para ele um autêntico horror. Claro que suas palavras (nas cartas que escreveu) se baseavam naquilo que era pertinente à sua cultura, ele acreditava na atitude dos rabinos e na prática das sinagogas, por isso ele ordenou que as mulheres crentes se conservassem em silêncio, e não permitia que ensinassem.

Champlin escreveu com muita propriedade que mudança de costumes sociais e culturais exige modificação de certas regras, porém, muitos que não assumem essa atitude vivem num terrível dilema.  No caso daqueles que não se dispõem a tomar essa atitude, talvez por ser ela por demais liberal ou contrária às Escrituras, surge um dilema. Pois se os ensinos sobre as mulheres continuam obrigatórios para nós, — devemos obedecê-los totalmente, e a mera leitura dos mesmos mostra que o silêncio absoluto é imposto às mulheres; elas não podem ensinar na igreja, porquanto assim fazendo estão usurpando um direito masculino. Elas não podem falar em línguas e nem profetizar na igreja. Essa é a única coisa que o texto pode significar, considerando-se o fundo histórico judaico que lhe serviu de base. Aqueles que creem que todas as injunções das Escrituras são sempre obrigatórias para nós devem aceitar também este mandato, pondo-o em prática na igreja, em qualquer comunidade local. Mas seria mister uma das façanhas de Hércules para conseguir isso.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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