Esperando o tempo certo e o desfecho do devido processo.

Salmos 27: 14; Provérbios 20: 21
 “Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.”
 “Entrando-se apressadamente de posse de uma herança no princípio, o seu fim não será bendito.”

Todos os embaraços que enfrentamos no percurso da nossa jornada neste mundo, se dão pelo simples fato de não atentarmos diligentemente à Palavra de Deus. É extraordinário como a Bíblia tem resposta e orientação para todos os possíveis problemas que, independente do quanto estamos sendo obedientes, nos alcançarão em algum momento. O comportamento do crente diante das dificuldades é o de permanecer firme na fé, crendo que Deus está ‘trabalhando incansavelmente’ para cumprir aquilo que Ele determinou como propósito para nossa vida. Porém, quando agimos compulsivamente, sem a menor sombra de dúvidas, nós retardamos o cumprimento dos propósitos divinos para nós.

Independente das muitas interpretações que se possa ter sobre o caráter de Noemi, uma coisa é inegável – ela tinha fé. Ela demonstrou isso quando decidiu voltar para sua terra natal e, agora, sabendo que um dos remidores era Boaz, ela creu que ele faria o ‘impossível’ para resolver o problema. No versículo 18 do capítulo 3, podemos ler o seguinte – “… Sossega, minha filha, até que saibas como irá o caso, porque aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio.”

Pode ser que, por sua posição social, Boaz pudesse agir como remidor sem se importar se havia outro cuja preferência estivesse em primeiro lugar, mas ele não o fez. Boaz é um ‘tipo’ de Cristo que, embora fosse ele o mais indicado para a remissão, todavia deixou que Rute fizesse a escolha. Não foi assim que Jesus se apresentou para nós? – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” Antes de Boaz outro remidor tinha a preferência da remissão, mas quando este soube que tinha que assumir uma moabita como mulher para suscitar a descendência do falecido, abriu mão da remissão.

O casamento ‘levirato’ é uma das maiores expressões de amor altruísta. O casamento ‘levirato’ se refere ao costume que havia entre os hebreus de que quando um israelita casado morria, sem deixar descendente do sexo masculino, seu parente mais próximo era obrigado a casar-se com a viúva, caso esse parente fosse solteiro, a fim de dar continuidade ao nome da família do falecido. O filho primogênito do novo casal tornava-se o herdeiro do primeiro marido de sua mãe. Se o irmão de um homem falecido não quisesse casar-se com a viúva, a esta era permitido submetê-lo aos insultos mais grosseiros, e o homem caía no opróbrio público.

Naturalmente, o propósito era preservar a herança em famílias, o que era muito importante em civilizações agrárias. Um benefício secundário era de natureza social – a viúva teria alguém que cuidasse dela, e esse foi um fator importante no caso de Rute.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4 (Extraído e adaptado)