A instituição da Festa de Purim, o livramento dos judeus.
Ester 9: 20-28
“E Mardoqueu escreveu essas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero… ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de Adar e o dia quinze do mesmo… como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos… Por isso, àqueles dias chamam Purim… e que estes dias seriam lembrados e guardados geração após geração… a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente.”
O ‘Purim’ tinha lugar nos dias 14/15 do mês de Adar (mais ou menos, nosso mês de março). Comemorava o livramento de Israel por intermédio da rainha Ester. Foi estabelecida por Mordecai, no tempo do rei Assuero, da Pérsia. Era dia de festas e alegria, que comemorava a derrota de Hamã. E isso fornece a eterna esperança de que o povo de Deus sempre será livre dos esquemas diabólicos. Em tempos posteriores, passou a ser observada com a inclusão da leitura do livro de Ester, nas sinagogas. As pessoas comiam, bebiam, alegravam-se e trocavam presentes.
Fora do livro de Ester, não há qualquer outra referência ao relato. Mas o incidente é mencionado nos livros apócrifos chamados Adições a Ester; II Macabeus; e também em História dos Hebreus (Flávio Josefo). Nos dias dos Macabeus, essa festividade era conhecida como Dia de Mordecai – “De comum acordo, foi estabelecido que, doravante, não se deixaria passar esse dia sem festejá-lo e que seria celebrada no dia treze do duodécimo mês, chamado Adar em língua siríaca, a vigília do dia de Mardoqueu (BSAV)”.
Essa festividade sempre foi popular entre os judeus, desde o seu inicio. Além da rememorização em geral, mediante a leitura do livro de Ester, e dos gritos e vaias quando o leitor pronuncia todos os nomes dos filhos de Hamã de um só fôlego, a fim de indicar que foram enforcados juntos. No segundo dia da celebração há um culto religioso formal, são entoados hinos, há dramas e atos teatrais, e são apresentadas recitações. Alimentos e presentes são distribuídos entre os pobres como um gesto de generosidade, em memória da generosidade de Deus para com o povo judeu.
Embora a festa de Purim venha sendo celebrada com tanto entusiasmo e por tantos séculos, os eruditos liberais costumam salientar a total ausência de provas históricas seculares para a mesma. A história da Pérsia não fala sobre qualquer Ester, e a identificação de Assuero com Xerxes ou Artaxerxes pode ser uma identificação feita com o propósito de conferir a Assuero um caráter histórico.
Deus cumpre todos os Seus propósitos agindo conforme Ele quer sem intervir no curso da história. Coisa alguma está fora do seu controle, mesmo em nossas horas mais negras. Sempre haverá vilões ameaçadores contra nós, mas nenhum deles pode, realmente, prejudicar-nos, se estamos dentro da vontade de Deus. Pois, na providência divina, surgirão pessoas e circunstâncias favoráveis a nós, na hora crucial de nossa necessidade.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4