Luto, jejum, choro e lamentação diante da ameaça de Hamã.
Ester 4: 3-4
“E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza. Então, vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu silício; porém ele não as aceitou.”
Somos advertidos, na Bíblia, a não julgarmos precipitadamente as pessoas, seja o comportamento, ou a maneira de pensar e agir diante de certas circunstâncias. O problema é que além de julgamento, também condenamos, ou seja, em muitas situações nós agimos da mesma forma que os antigos judeus agiam em relação às dificuldades que as pessoas enfrentavam em suas vidas, como por exemplo, o julgamento que os amigos de Jó faziam da situação que este estava vivendo. Para os amigos de Jó a causa de toda a situação era alguns pecados que Jó precisava confessar.
Precisamos começar a olhar para as circunstâncias da vida com os ‘olhos de Deus’. Temos que parar de pedir explicações para todas as dificuldades e, no lugar de explicações pedirmos compreensão. Nossa pergunta não deve ser ‘porque’, mas ‘para que’. Quando focamos nossa visão em esclarecimentos razoáveis deixamos de perceber o quanto Deus tem sido providencial em nossa vida. Se, de fato, cremos que – “… todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”, então devemos estar conscientes de que até os problemas e dificuldades que, às vezes, nos fazem prostrar estão sob o cuidadoso olhar de Deus.
Ainda que muitos judeus optassem por permanecer em Susã após o decreto de Ciro, está nitidamente evidenciado nas páginas da Bíblia que Deus não os abandonou à própria sorte, muito pelo contrário, Ele mesmo providenciou o escape para todos eles. Acredito, da maneira como está escrito na história de Ester, que Mardoqueu, sem dúvida alguma, tinha o enorme desejo de retornar à sua pátria, mas quando viu que muitos dos seus irmãos escolheram ficar, ele por sua posição no reino, decidiu permanecer ali para ser útil a eles de alguma forma.
O relacionamento amistoso dos persas com os exilados produzia uma falsa sensação de segurança. Embora muitos persas fossem sinceros com seus sentimentos haviam os que verdadeiramente os odiavam e, quando o edito de Hamã foi promulgado a única coisa que se podia fazer era clamar pelo socorro divino. Os judeus sempre souberam que – “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”
É extraordinário quando compreendemos que, apesar das nossas más escolhas (‘más’, no sentido de serem escolhas que nitidamente contrariam aquilo que é o desejo de Deus para nós), nosso Deus na Sua infinita misericórdia continua com suas mãos estendidas zelando por nossa segurança.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.