Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu.
Ester 4: 1-5
“Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de um pano de saco com cinza… ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei. E em todas as províncias… havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação… vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu… e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê.”
De acordo com a nossa vida prática, ou seja, as coisas mais simples que habitualmente nós fazemos ou aquilo que aplicamos conforme nosso conhecimento, nós podemos aplicar, algumas práticas, como exemplo na nossa vida espiritual. É princípio bíblico que grande parte das coisas que nos rodeiam é sombra da realidade espiritual que vivemos. Nunca em tempo algum, eu tinha visto o livro de Ester como um poço inesgotável da demonstração do poder e soberania de Deus. O livro de Ester (entre outros na Bíblia Sagrada) é a maior evidência de que Deus usa quem Ele quer a fim de cumprir seus propósitos para com Seu povo.
Quantos ensinos podemos extrair do livro de Ester? Para este comentário quero me ater em apenas um – A atitude de Mardoqueu. Como falamos na introdução deste artigo sobre coisas que fazemos rotineiramente e que podem ser vistas como sombra de uma realidade espiritual, olhemos para uma tarefa, talvez, insignificantes para alguns, mas que nos leva a compreender que a forma como se desenvolve é a mais exata realidade do que podemos experimentar na vida espiritual – acender uma churrasqueira ou um fogão a lenha.
Em ambos os casos não se põe fogo diretamente na madeira mais grossa, mas primeiro usamos os ‘gravetos’ para manter a chama acesa e, assim, os ‘gravetos’ com suas chamas, acenderem o fogo na lenha mais grossa. O fogo não se alastra instantaneamente por toda a lenha, mas começa do menor até incendiar o maior. Numa churrasqueira é da mesma forma. O braseiro não produzido instantaneamente, mas começa por se acender um carvão menor e este acender o que estiver próximo a ele.
Na vida espiritual, não estamos dizendo que um avivamento só vai ter início a partir do menor crente da igreja, mas o que queremos expor e que alguém tem que dar o primeiro passo em direção a isso. É isso que vemos no livro de Ester com a atitude de Mardoqueu. Mardoqueu não fez campanha de ‘setecentos elos’; nem culto da ‘quebra de decreto’; e, muito menos, mandou que o povo o elegesse para ocupar o lugar de Hamã. Pelo menos, na ‘minha’ Bíblia não tem nada escrito neste sentido.
O que está registrado na Bíblia é que Mardoqueu deu o primeiro passo em direção de um livramento divino. Não está escrito que Mardoqueu convidou (proferindo alguma palavra) o povo a agir como ele diante do que tinha sido decretado. Ele deu exemplo. Sem a menor dúvida a sua atitude correu todo o império Persa e os judeus seguiram os ‘seus passos’. Não podemos esperar que os outros comecem a agir para as coisas mudarem, comecemos nós.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.