A Serpente no deserto como um tipo de Cristo.
Números 21: 4-9
“Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom; porém a alma do povo angustiou-se neste caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés… Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que morderam o povo; e morreu muito povo de Israel… Moisés orou pelo povo. E disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela… mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo.”
É muito comum ouvirmos em nosso meio (evangélico) o jargão – ‘quem tem promessa de Deus não morre!’ Isso é muito relativo, pois, de fato, não morrerá aquele que for obediente à voz de Deus. Afirmar categoricamente essa declaração demonstra total falta de conhecimento do que a Bíblia diz. A justiça divina não isenta nem exclui ninguém que for rebelde á voz do Senhor. Poder ter nascido em ‘berço evangélico’; tendo mais de duzentos e trinta e dois anos como membro de uma igreja; tendo ou não função na igreja; sendo líder de departamento ou pastor, se for rebelde à voz de Deus receberá em si mesmo a devida justiça.
O salmista (78) declara os motivos das reclamações dos israelitas. A raiz de um espírito desgostoso não está nas circunstâncias que nos rodeiam, mas, ainda que não admitamos, em nosso interior. Não são as circunstâncias da vida que nos fazem murmurar, nossas murmurações são em razão da nossa natureza. Assim como os israelitas (no contexto bíblico) não possuíam um espírito fiel a Deus; se recusavam a obedecer á voz de Deus; e, se esqueciam dos milagres que Deus havia feito por eles, nossas reclamações costumam ser causadas por pelas mesmas razões. Se pudermos lidar com a causa de nossas reclamações, elas não persistirão, tampouco tomarão conta de nossa vida.
Quando a serpente de bronze foi pendurada na haste, os israelitas não sabiam o significado que Jesus atribuiria a este acontecimento – “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Ele explicou que, assim como os israelitas foram curados do veneno das cobras ao olharem para a serpente de bronze erguida na haste, todos os que crêem na morte expiatória do Filho de Deus, que foi pendurado em uma cruz, podem ser salvos das doenças provocadas pelo pecado.
Deus utilizou as cobras venenosas para punir as pessoas pela incredulidade e pelas reclamações. O deserto por onde viajavam possuíam uma grande variedade de serpentes. Algumas se escondiam na terra e atacavam sem aviso prévio. Tanto os israelitas como os egípcios tinham muito medo das cobras. Ser mordido por uma, quase sempre, significava morte lenta e dolorosa. Não era a serpente que curava as pessoas, mas a fé que possuíam de que Deus podia curar. A fé foi demonstrada pela obediência às instruções de Deus. Da mesma forma, devemos continuar olhando para Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.