O cuidado contra a apostasia individual.
Atos dos Apóstolos 14: 21-22; Hebreus 2: 1-33
“E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.”
“Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada… permaneceu firme… como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação…”
O termo apostasia, no sentido bíblico, indica o abandono deliberado da crença na fé cristã (embora possa se referir a qualquer fé, anteriormente defendida), por alguém que dizia seguir essa fé. No catolicismo romano, indica a total deserção da fé, ou das santas ordens, ou do estado monástico. Em sentido menos amplo, a palavra é usada para indicar pessoas que deslizam para o descuido e o abandono no tocante à sua fé religiosa, embora, teoricamente falando, continuem crendo em algumas das suas doutrinas.
É muito importante entendermos que o termo não aponta para um simples ‘abandono’ da fé. Ele indica um ‘afastamento’ com aspecto de ‘revolta’, pois é uma atitude totalmente deliberada e espontânea culminando com o abandono dos princípios básicos do cristianismo. É a dissolução de qualquer vínculo sério com Deus e com Cristo, paralelamente há rebeldia e hostilidade para com esses vínculos. Dentro do ponto de vista cristão, a apostasia envolve mais do que a mudança de idéias sobre doutrinas reveladas. A principio, é a outorga da alma a alguma causa maligna, e não o mero abandono daquilo que antes era professado.
A Bíblia (mais especificamente no Novo Testamento) faz uma distinção entre apóstata e herege. Com o herege, a Bíblia nos ensina que devemos (ou pelo menos tentar) preservar a comunhão – “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o”, mas a condição dos apóstatas parece ser irreversível – “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.” Pode-se dizer com plena confiança: ‘Um apóstata não volta’. O herege, por outra parte, é alguém que caiu em algum tipo de erro doutrinário; mas, de modo geral, ele é discípulo de Cristo e pode ser restaurado.
É importante estarmos conscientes de que a definição do que é um herege pode ser restringida aos princípios denominacionais de ortodoxia doutrinária, assim, um membro em situação regular perante uma denominação pode ser tido como herege perante outra denominação. Para entendermos melhor, citaremos alguns nomes que foram tidos como ‘hereges’ pelos religiosos: Jesus, Paulo e Lutero. Portanto, devemos usar esses termos com extrema cautela.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1