O que sai do coração contamina o ser humano.
Mateus 15: 18-20
“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São essas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.”
Como escrevemos anteriormente, coração, nas páginas da Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é o vocábulo mais apropriado e completo para indicar todas as faculdades dos seres humanos, como os sentimentos – “… tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração”; a vontade – “… trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor”; e, o intelecto – “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu (isto é, a trazer do alto a Cristo?” Assim, a Bíblia quando menciona sobre o coração está apontando o homem interior, o homem essencial, aquela porção da personalidade humana que possui os meios naturais através dos quais todo o homem deveria elevar seu conhecimento de Deus a níveis mais altos, em gratidão.
Em suas cartas, Paulo, discorre com muita propriedade sobre os males que aflige o homem cujo coração não está em comunhão com o Senhor. Em Romanos, ele descreve de forma abreviada como as faculdades naturais do homem, que lhe permitem vir a conhecer a Deus e a ter comunhão natural com ele, foram pervertidas, através de uma degeneração progressiva, mediante a rejeição proposital do conhecimento de Deus e da distorção da verdade, tudo o que faz parte do misterioso e primeiro deslocamento do homem para fora da harmonia original que ele desfrutava com Deus. O homem só tem razão quando pensa corretamente, e só pensa corretamente se está em harmonia com o Criador.
Quando Adão e Eva deram ouvidos à tentação da serpente para que comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, sua decisão afetou horrivelmente o coração humano, o qual ficou repleto de maldade. Desde então, segundo o testemunho de Jeremias – “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”
Jesus confirmou a descrição de Jeremias, quando disse que o que contamina uma pessoa diante de Deus não é o descumprimento de uma lei cerimonial, mas, sim, a obediência às inclinações malignas alojadas no coração tais como – “… os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” Jesus expôs a gravidade do pecado no coração ao declarar que o pecado da ira é igual ao assassinato, e que o pecado da concupiscência é tão grave como o próprio adultério.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 3