O Cristianismo Judaizante é remendo novo em vestidos velhos.
Mateus 9: 16
“Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura.”
Há um movimento religioso e herético sendo praticado em algumas igrejas ditas evangélicas, onde estão introduzindo práticas e rituais relativos ao Velho Testamento nas liturgias e nos cultos. Alegam que o resgate dos valores judaicos é uma revelação de Deus a igreja de Cristo. O problema com os judaizantes vem sendo enfrentado desde os primórdios da igreja cristã. Paulo ao escrever aos Gálatas, entre outros propósitos, condenou a prática judaizante, pois muitos judeus tendo se convertido ao cristianismo queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. Ora! Sem a menor sombra de dúvida, a ‘condenação’ desta prática não era uma mera implicância de Paulo, mas uma orientação divina para ser transmitida à igreja a fim de ensinar que as práticas judaizantes, além, de desnecessárias são inúteis para a igreja no que diz respeito a liturgia do culto.
O termo judaizante vem do verbo grego ‘ioudaizō’ que significa ‘viver como judeu’. Os judaizantes modernos ensinam que os crentes devem guardar as festas judaicas como a festa dos tabernáculos, ler a Torah e guardar o sábado. É comum ver alguns usando kipás (bonezinho usado pelos judeus) e o Talit (um manto ou xale de orações) que é usado por todo judeu, que são as vestimentas que os judeus praticantes usam para ir a sinagoga, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas. Cada vez mais, cantores e os conjuntos diversos da igreja se intitulam como ‘levitas do Senhor’ em referência ao sacerdócio Levítico da Antiga Aliança. Em nome de suposto amor a Israel a bandeira da nação é colocada em destaque na igreja, o Menorah ou a Estrela de Davi, protótipos da Arca da Aliança a fim de simbolizar entre os cristãos a presença de Deus, utensílios do tabernáculo são ostentados nos cultos e considerados objetos ‘sagrados’.
Tais igrejas estão tornando o sacrifico de Jesus, a perseguição, lutas, morte dos apóstolos e todos os mártires do evangelho e da Reforma Protestante insignificantes, pois, agindo assim, estão resgatado a lei; ‘recosturando o véu’; e negando Cristo e a obra de redenção da Cruz. Somos Cristãos, brasileiros, protestantes, evangélicos e crentes em Jesus Cristo. O Judeu é membro das tribos Judá de um Israelita, ou convertidos ao Judaísmo. Ora foi para combater as heresias judaizantes que Paulo escreveu aos gálatas e, mostrou àqueles irmãos que voltar as práticas e aos cerimoniais da Lei era cair da graça – “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.” O concílio apostólico de Jerusalém, cuja menção histórica se acha no capítulo quinze do livro de Atos dos Apóstolos, decidiu que os costumes judaicos não eram obrigatórios para os cristãos. As circuncisões, a guarda do Sábado, os cerimoniais e as festas judaicas, por exemplo, foram abolidas tanto para judeus como para gentios, por não fazerem parte da dispensação do evangelho.
Infelizmente, estas práticas estão sendo inseridas sutilmente na liturgia do culto e precisam ser erradicadas. Não existem pressupostos bíblicos para que a igreja (de Cristo), queira ‘recosturar’ o véu do templo. As leis cerimoniais judaicas, os ritos sacrificiais, as festas anuais, foram abolidas definitivamente por Cristo na cruz do calvário (o significado de cada uma delas se cumpriu em nosso Senhor). Por esse motivo, Nem os judeus convertidos ao cristianismo estão debaixo desta obrigação.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Judaísmo, Wesley Souza