A Trindade atua na obra da salvação.
I Pedro 1: 2
“… eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.”
Todas as nossas convicções (digo cristãs) básicas que tem origem na obra da Cruz exigem que se faça uma distinção pessoal dos membros da Trindade. Desta forma, pode ser que alguém pergunte se é necessário crer na doutrina da Trindade para ser salvo. Bom! A resposta teológica é que, usualmente, não se exige que seja feito uma declaração explícita de fé na doutrina da Trindade para a pessoa ser batizada. Mesmo porque, o que se espera de um crente é que ele tenha uma fé implícita no Deus Trino e Uno como aspecto essencial do nosso relacionamento pessoal com os papéis distintivos de cada uma das Pessoas da Deidade, na obra salvífica em prol da humanidade.
A doutrina da salvação (inclusive a reconciliação, a propiciação, a redenção, a justificação e a expiação) depende da cooperação dos membros distintivos do Deus Trino e Uno. Por isso, ignorar deliberadamente a doutrina da Trindade ameaça gravemente a nossa esperança de salvação pessoal. As Escrituras incluem todos os seres humanos na condenação universal do pecado – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus“, e por isso, todos precisam da salvação; a doutrina da salvação requer um Salvador adequado, ou seja, uma cristologia adequada. Uma cristologia sadia exige um conceito satisfatório de Deus, isto é, uma teologia especial e sadia que nos traz de volta à doutrina da Trindade.
O Deus Trino e Uno é revelado na Bíblia de modo explícito na redenção dos pecadores e na sua reconciliação com Deus. Deus envia o Filho ao mundo. À sombra do Calvário, Jesus se submete com obediência à vontade do Pai. O relacionamento sujeito-objeto entre o Pai e o Filho fica claramente evidente aqui. O Filho suporta a vergonha do madeiro maldito, trazendo a paz (reconciliação) entre Deus e a humanidade. Enquanto a vida se esgota rapidamente do seu corpo, Jesus, no Calvário, olha para o céu, e pronuncia suas últimas palavras – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito“. Se duas pessoas distintivas não forem reveladas aqui, no ato salvífico da cruz, esse evento seria uma mera charada de um único Cristo (que só poderia ser neurótico).
Por causa de Cristo, a misericórdia de Deus é oferecida em vez da ira que merecemos por causa dos nossos pecados. O apóstolo João identifica Jesus como nosso Paracleto (ajudador ou conselheiro). Temos, portanto, alguém que fala com o Pai em nossa defesa. Temos, portanto, plena segurança da nossa salvação porque Cristo, nosso Ajudador, é também a nossa Oferta pelo pecado.
O Espírito Santo emprega a obra do Filho no novo nascimento, santifica o crente dando acesso, mediante o nosso Grande Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, à presença do Pai. As Escrituras declaram que Cristo é o nosso intercessor divino à destra de Deus, nosso Pai.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Teologia Sistemática, Stanley Horton