A deidade absoluta de Cristo segundo o apóstolo Pedro.
II Pedro 1: 1
“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”.
A redenção da raça humana só poderia se realizar por um Mediador que em si mesmo reunisse as duas naturezas – a divina e a humana. Isto porque o seu trabalho seria o de reconciliar o homem com Deus e Deus com o homem. E, para que o Mediador estivesse entre ambos, era necessário que ele não somente conhecesse perfeitamente o homem, mas também a Deus. Este Mediador ideal é Cristo Jesus, porque Ele possui as duas naturezas – Ele é Deus-Homem.
Todavia a crença neste Mediador se limita aos cristãos convictos de sua fé. A teologia bíblica nos conduz a esse entendimento, porém outros grupos religiosos discordam desta linha de entendimento e, sobre a pessoa de Jesus criaram seu próprio ponto de vista e, por isso, vamos fazer um sucinto comentário a respeito de três e muito especialmente durante os primeiros séculos do cristianismo.
Os ebionistas (seita judaica cristã) apareceram no ano 107 depois de Cristo, e negavam a realidade da natureza divina de Cristo. Segundo os seus ensinos, Cristo era somente homem. Porém este homem Jesus Cristo tinha uma relação muito intima com Deus, especialmente depois do seu batismo. O ebionismo era o judaísmo dentro das igrejas cristãs. Como sabemos, era difícil aos judeus crer na doutrina da Trindade. É esta uma das razões mais fortes por que não creram que Jesus era Deus, e dai negarem a Sua divindade. Consideravam a Jesus simplesmente um homem extraordinário, que se relacionava muito intimamente com Deus, e nada mais. Jesus era, enfim, um grande profeta, mas não era Deus.
Os docetas apareceram no ano 70 da era cristã, e existiram, aproximadamente, até o ano 170. Eles negavam a humanidade de Cristo. Segundo a filosofia dos docetas, as coisas materiais eram, por natureza, más. O mal residia na matéria, e visto que Jesus não tinha pecado, logo, não tinha também corpo material. Para os docetas toda a matéria era corrupta. Era a sede do pecado e do mal. Jesus não podia ter corpo material, porque era inteiramente puro. Julgavam, por isso, que o corpo de Jesus era aparente, e não real. Os docetas negavam, portanto, a humanidade de Jesus. Esta doutrina não era mais que a filosofia grega e pagã, que se introduzira na igreja de Cristo.
Ário, no ano 325 criou o ‘arianismo’, este negava a integridade e a perfeição da natureza divina de Cristo. O Verbo, que se fez carne, segundo o Evangelho de João, não era Deus, senão um dos seres mais altos do Criador. O Verbo não era, afinal, mais que uma criatura de Deus. Esta teoria confunde o estado originai de Jesus Cristo com o estado de humilhação. Ao invés de estudar toda a questão, Ário estudou apenas a parte que se refere à personalidade de Jesus enquanto estava aqui na terra, e, naturalmente, a sua idéia era imperfeita e parcial, por isso que confundia o estado de humilhação com o estado original. Ário negava a integridade, a perfeição da natureza divina de Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te Abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Esboço de Teologia Sistemática, A. B. Langston