A palavra “filho” indica também “a mesma índole”.
Mateus 23: 30-31
“… e dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.”
A índole de um indivíduo é, de acordo com o conceito cientifico, um traço hereditário que lhe foi transmitido por seu antepassado. Ainda, em pleno século XXI, o conceito de hereditariedade, segundo o meio cientifico, não está completamente definido, pois os estudos ao redor do tema continuam em constante evolução, trazendo inovações para o meio científico, que mudam e incrementam definições pré-estabelecidas. Alguns exemplos práticos e visíveis da hereditariedade no cotidiano são a cor dos olhos, o jeito que se cruza as mãos, o enrolar da língua, o formato do lóbulo da orelha, o formato do polegar, etc.
Todavia, em se tratando do assunto da Trindade, não podemos sob hipótese alguma aplicar esse tipo relação com a Pessoa de Jesus, o Filho de Deus. Jesus ao ser chamado de Filho de Deus, não tem a mesma aplicação e nem o mesmo sentido quando essa designação aponta para nós (seres humanos) que, isso sim, fomos criados por Deus. O Pai, O Filho e o Espírito Santo sempre existiram eternamente. Não foi o Pai que gerou (ou criou) o Filho em algum momento de sua existência, e não foram ambos que criaram o Espírito, mas que as três Pessoas da Trindade co-existem eternamente num só Deus.
A doutrina da Trindade está no centro da fé cristã. Que Deus é trino por natureza é afirmado não apenas nas Escrituras, mas também nos primeiros credos ecumênicos da igreja – especificamente, Nicéia e Constantinopla (325 e 381 d.C. respectivamente). A doutrina é essencialmente que Deus é um em ser, embora exista como três Pessoas co-iguais e co-eternas, a saber, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Não confundir nem associar com o triteísmo (uma crença em três deuses).
A Bíblia afirma claramente que há apenas um Deus – “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” Além disso, a Bíblia ensina a divindade do Pai – “A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”, o Filho – “E ele (Jesus) é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”; e o Espírito Santo – “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
Além disso, os escritores bíblicos se esforçam para afirmar que todas as três Pessoas são distintas umas das outras. Portanto, embora seja verdade que a palavra trindade não é encontrada na Bíblia, mas o conceito certamente é.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– https://www.gotquestions.org/Tritheism-Trinity.html