Jesus, o Deus-Homem que nos comprou com o seu sangue
Atos dos Apóstolos 20: 28
“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
É interessante quando compreendemos que nós, os crentes, continuamos (não por nós mesmos) livres para aceitar ou não as verdades exaradas na Bíblia Sagrada. Dizemos isso porque há em nosso meio aqueles (destes digo que não são crentes, mas apenas cristãos) que desprezam abertamente qualquer valor na morte de Cristo. Para estes a morte de Jesus foi um exagero para apagar o pecado e não pode exercer alguma influência moral, isto é, estabelecer um exemplo de dedicação a uma boa causa.
A doutrina bíblica da expiação é digna de aceitação porque ela nos mostra que Cristo identificou-se de tal modo com os homens que estes são aceitos totalmente por Deus em Cristo. Entretanto, a expiação realizada por Cristo é mais do que mera identificação. Em Cristo foram satisfeitas as justas exigências de Deus contra o pecado.
No que diz respeito ao fato de que Cristo suportou a ira de Deus, em nosso lugar, por causa de nosso pecado, precisamos considerar que Cristo sofreu o exato equivalente a todas as agonias que os eleitos teriam sofrido por toda a eternidade. Lembremo-nos que foi o próprio Deus quem ‘nos amou e enviou seu Filho como propiciação por nossos pecados’. Deus não guardava nenhuma atitude de inimizade contra nós. Deus nos ama.
Sendo assim, estritamente falando, não foi castigo que Cristo sofreu na cruz, e, sim, a ira. O castigo é algo contra o ofensor; mas a ira que foi descarregada contra Cristo foi contra a ofensa, o pecado. Cristo suportou aquela ira que o ser e a natureza de Deus sempre e eternamente sentirão contra o pecado. O pecador não pode aproximar-se de Deus, mas deve morrer, deve perecer em sua presença santa, não porque Deus lhe vote ódio, mas porque Deus é santo. Por essa razão é que Cristo morreu tomando sobre Si mesmo os nossos pecados, sobre seu próprio corpo, no madeiro. E assim, tendo sido posto nosso pecado sobre ele, sobreveio-lhe o julgamento e a ira.
Não foram as agonias de Cristo que tiveram valor, mas antes, tendo levado sobre si mesmo o pecado e tendo dado a sua vida, derramou a sua alma na morte. E desse modo ele reconheceu que a santidade de Deus era absoluta e infinita, e declarou – “Está consumado!”
Deus, realmente, permitiu que o homem infligisse os terríveis sofrimentos da crucificação contra o seu próprio Filho unigênito. Mas esses sofrimentos não foram ainda o cálice que o Pai lhe dava para beber. O cálice era a ira divina contra o pecado, e isso envolveu a necessidade de ser Ele ”cortado da terra dos viventes”, sob a mão do juízo divino.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 3