As naturezas humana e divina em Jesus
I Timóteo 3: 16
“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.”
A encarnação de Cristo é algo inexplicável cientificamente e inalcançável pelo raciocínio humano. O nosso limitado entendimento e compreensão é através da fé. Se há na Bíblia algum texto que fale deste evento de forma muito esclarecedora, sem, contudo esgotar o assunto, este texto está no evangelho de João. Ele (João), nos primeiros versículos, demonstra a história do Verbo antes de sua encarnação, a sua eternidade essencial, a sua divindade, a sua função criadora.
Na carta que escreveu a Timóteo, o apóstolo Paulo faz da encarnação o fato central de nossa religião. Contudo, a idéia da encarnação, o grandioso mistério da piedade, não deve ser confinada ao mero nascimento de Cristo, mas deve ser estendida a toda a sua vida divina humana, à sua morte e à sua ressurreição; trata-se de Deus manifestado na carne. Ao passo que a teologia de João é cristológica do princípio ao fim; e, nas cartas escritas aos Romanos e aos Gálatas, Paulo expõe uma teologia antropológica e soteriológica.
Embora o propósito exclusivo da encarnação de Cristo foi para nos proporcionar salvação, podemos (sem sermos hereges) associar outras razões a esta. O Verbo encarnou a fim de ser participante de nossa natureza para destruir as forças do mal (quando de sua morte) – “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”.
O Verbo encarnou assumindo nossa natureza para que, por nossa vez, pudéssemos assumir a sua natureza – “… porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade”.
O Verbo encarnou, participando da nossa miséria, para que pudéssemos participar de sua plenitude – “… e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”.
O Verbo encarnou e andou em nossas trevas, para que pudéssemos participar de sua luz – “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor”.
O Verbo encarnou e experimentou nossas fraquezas, para que pudéssemos participar de sua vida eterna – “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”.
Enfim, o Verbo encarnou e demonstrou, de forma conclusiva, que a ‘carne’ que Jesus tomou para si mesmo era idêntica à de todos os outros homens, isto é, ele era um homem real, e não uma imitação de homem ou uma representação humana parcial.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4