A participação de Jesus no culto nas sinagogas.
Lucas 4: 16
“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.”
A notícia de que havia um homem, natural da cidade de Nazaré, operando sinais extraordinários por toda a parte já havia se espalhado e, sem a menor sombra de dúvida, sua família, amigos e vizinhos estavam ansiosos para vê-lo e ouvi-lo. Jesus costumava frequentar os cultos públicos e poderia ter argumentado que o sistema religioso era corrupto, ou que não precisava ser instruído, mas, em vez disso, aos sábados, se dirigia à casa de oração (que exemplo). O culto típico da sinagoga começava com a invocação da bênção de Deus seguida da recitação da confissão de fé hebraica tradicional. Em seguida, eram feitas orações e as leituras prescritas dos textos da Lei e dos Profetas, e o leitor parafraseava as Escrituras hebraicas em aramaico.
Jesus pediu para ler o texto das Escrituras e para trazer o sermão. Sua leitura incluiu a passagem de Isaías – “O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes”. De acordo com os rabinos, essa passagem era uma referência ao Messias, e o povo na sinagoga sabia disso. Podemos imaginar como todos ficaram estarrecidos quando Jesus declarou abertamente que aquelas palavras referiam-se a Ele e que havia vindo para trazer o – “ano aceitável do Senhor“.
O ‘ano aceitável do Senhor’ faz referência ao “ano de jubileu” descrito em Levítico – “Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos… E santificareis o ano quinquagésimo e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; Ano de Jubileu vos será… O ano quinquagésimo vos será jubileu… Porque jubileu é, santo será para vós…” Todo sétimo ano era um ano sabático para a nação, quando se devia deixar a terra descansar; cada quinquagésimo ano (depois de sete anos sabáticos) era ano de jubileu. O propósito maior desse ano era equilibrar o sistema econômico: os escravos eram libertos e voltavam para sua família, a propriedade que havia sido vendida era devolvida aos primeiros donos, e todas as dívidas eram canceladas. A terra permanecia alqueivada, enquanto homens e animais descansavam e se alegravam no Senhor.
Jesus aplicou o texto em sentido físico e espiritual. Sem dúvida, havia trazido as boas-novas da salvação aos pecadores falidos, e cura aos aflitos e rejeitados. Havia livrado muitos da cegueira e da escravidão de demônios e de enfermidades. Isso apontava para o ano de jubileu espiritual para a nação de Israel!
Infelizmente, seus ouvintes recusaram-se a crer nele, porque o considerava apenas o filho de Maria e José. Além disso, desejavam que realizasse em Nazaré os mesmo milagres que havia feito em Cafarnaum, mas ele se negou a atendê-los.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Wiersbe.
O melhor estudo que já vi sobre essa passagem de Jesus Cristo e ainda nos explicou sobre o ano de jubileu que virou dia de festa no calendário judaico comemorando a festa do jubileu de ouro,fora a referência de pentecostes que também vem de cinco ou cinquenta,o pentecostes foi um dia de alegria para todos que tiveram paciência de esperar e orar em Cristo Jesus! Ótimo estudo e pra mim foi o melhor!