"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Jesus procurava interagir com as pessoas.

João 4: 7-10
 “Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)? Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

Dentro de uma concepção social, Jesus quebrou todos os paradigmas estabelecidos pelos judeus. Nos conceitos religiosos, Jesus trouxe consigo a verdadeira interpretação das ‘Leis de Moisés’, para mostrar que eles estavam fazendo o que era certo pelos motivos errados; nos conceitos sociais, Jesus mostrou que ninguém pode ser excluído pelo simples fato de não estar na mesma condição (sócio-econômica) que os outros; no conceito das tradições e costumes, Jesus agiu, lidando com as pessoas sem levar em consideração nível cultural, classe social ou a religiosidade das pessoas.

Dentro de um contexto cultural, naquele tempo, não era considerado apropriado qualquer homem, especialmente um rabino, dirigir-se a uma mulher desconhecida em público. Mas Jesus colocou os costumes sociais de lado, pois o que estava em jogo era a salvação de uma alma. Sem dúvida, a mulher ficou surpresa quando ele lhe pediu um pouco de água. Supôs que fosse um rabino judeu. A questão toda não tinha implicações apenas de inimizade entre samaritano e judeu, pois os discípulos haviam ido até a cidade comprar comida, isso deixa evidente que, de uma forma ou de outra, os judeus tratavam com os samaritanos.

O pedido de Jesus – “Dá-me de beber” foi apenas uma forma de começar a conversa e de lhe falar sobre a água viva – “Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” Quando testemunhava às pessoas, Jesus não usava uma ‘conversa de vendedor’ usando os mesmos argumentos para induzir seus ouvintes a acreditar no que Ele falava. Com Nicodemos, falou de um novo nascimento; com essa mulher, falou da água viva.

Essa mulher, sem duvida, era alguém religiosamente devota ou que pelo menos conhecia o que a lei ensinava sobre adoração. Jesus mostrou-lhe que seu conhecimento era apenas teórico, pois ela não tinha conhecimento de três fatos importantes – quem Ele era, o que Ele tinha para lhe oferecer e como ela receberia essa oferta. Ele era o Deus eterno dirigindo-se a ela e lhe oferecendo vida eterna! Os samaritanos eram tão cegos quanto os judeus, mas as palavras de Jesus despertaram o interessa da mulher, de modo que ela continuou a conversa. A Bíblia transmite nas entrelinhas dos discursos proferidos por Jesus, que não era apenas o que Ele falava que provocava o interesse nas pessoas em continuar ouvindo, mas, sem duvida alguma era a forma como falava.

Às vezes, nós, em nossas pregações queremos dar uma entonação de voz nas falas de Jesus registradas na Bíblia, mas acredito, piamente, que Ele em seus diálogos interpessoais nunca deve ter alterado o tom de voz com os que o ouviam.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento, Warren. W. Wiersbe

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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