O pecado significa iniquidade, transgressão da lei de Deus.
I João 3: 4
“Qualquer que comete o pecado também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade.”
O termo grego que define a palavra que conhecemos como ‘pecado’, é derivado de uma raiz que indica “errar o alvo”, “fracassar”. Trata-se do fracasso em não atingir um padrão pré-estabelecido e conhecido quando se desvia dele. Essa palavra, porém, veio a ter também um significado geral, indicando o princípio e as manifestações de pecado, sem dar qualquer atenção a seu significado original. O trecho de I João 3:4 usa o vocábulo “anomia”, “desregramento”, desvio da verdade conhecida, da retidão moral. O pecado tanto é um ato como é uma condição. É o estado dos homens sem regeneração, que se manifesta na forma de numerosos e perversos atos. Pecar é afastar-se daquilo que Deus considera a conduta ideal, do homem ideal, exemplificado em Jesus Cristo.
Existe uma diferença entre cometer um pecado e continuar a pecar. Até os crentes mais fiéis, às vezes, cometem pecados, mas não apreciam um pecado em particular ou escolhem cometê-Io. Um crente que comete um pecado, se arrepende e o confessa, encontra o perdão. Uma pessoa que continua a pecar, ao contrario, não se arrepende pelo que está fazendo. Desse modo, essa pessoa nunca confessa seus pecados a Deus e jamais recebe dEle o perdão. Tal pessoa está em oposição a Deus, não importando quais reivindicações religiosas possa vir a fazer.
De acordo com o sistema sacrifical do Antigo Testamento, um cordeiro sem defeitos era oferecido como um sacrifício pelo pecado. Jesus é – “… o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo“. Por Jesus ter vivido uma vida perfeita e ter se sacrificado por nossos pecados, podemos ser completamente perdoados. Podemos olhar para sua morte por nós e saber que nunca precisaremos sofrer a punição eterna.
Evidentemente, não podemos aceitar que a definição do pecado se restrinja ao que escrevemos acima, ela é bem extensa, mas não a única possível. O pecado pode ser praticado por omissão – “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. Apesar de podermos dar outras definições de pecado, João, o autor sagrado, não estava interessado em qualquer delineamento completo do que pode ser o pecado. Para o seu argumento, bastava que o chamasse de transgressão da lei.
O pecado não consiste apenas em desobediência contra alguma lei. Antes é uma revolta contra Deus, o grande Legislador. Deus, como Criador e Sustentador de toda a vida, tem autoridade absoluta sobre tudo quanto participa do princípio da vida. Isso contribui para o bem, e não para o mal. Isso visa o benefício universal e não à destruição universal. Isso favorece a vida e não a morte. Isso contribui para a alegria e não para a tristeza; e também para a harmonia, e não para o caos.
Visto que todas essas coisas são verdadeiras, Deus deveria ser o centro e o alvo de toda a vida, tal como Ele é a fonte originária da mesma.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4
