“Comissão de Ética” na igreja de Corinto.
I Coríntios 5: 2-5
“Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes, por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus.”
Uma das três categorias das teorias éticas e a Ética Cristã. A ética cristã normal e ortodoxa é uma forma de ética absoluta. Trata-se de uma forma teísta. Crê-se que Deus, na revelação, diz-nos o que é bom e o que é mau, o que é moral e o que é imoral. A revelação consiste na idéia de que Deus pode revelar-se (e realmente revela-se) bem como os seus padrões. De conformidade com essa idéia, a ética é uma subdivisão da teologia. A revelação torna-se concreta e é preservada nos Documentos Sagrados, os quais, para o crente, são o Antigo e o Novo Testamentos. Esses documentos tornam-se textos padrões da ética cristã. Podemos solucionar problemas morais apelando a textos de prova bíblicos. Isso não significa que estamos dispensados de raciocinar; mas significa que um grande número de atos são louvados ou condenados pelas Escrituras, e não por aquilo que os homens descobrem com suas experiências.
Jamais podemos falar sobre assuntos éticos apenas em termos negativos. Há coisas que não devemos fazer. Porém, também há coisas que devemos fazer. O amor é o maior de todos os princípios morais positivos, sendo o amor, igualmente, a base ou solo no qual se desenvolvem todas as outras virtudes cristãs – “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei”. Não basta alguém ser bom. Também é necessário que o crente pratique o bem. Os vários aspectos do fruto do Espírito, como o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a gentileza, a bondade, a fé, a mansidão e o controle próprio envolve-nos em atos positivos para benefício do próximo. O Espírito Santo cultiva esses princípios em nós, e, através deles, crescemos espiritualmente.
É claro que o objetivo do evangelho é a nossa transformação segundo a imagem de Cristo – “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Isso ocorre através de um processo gradual. Porém, sem a santificação, tal processo é paralisado ou mesmo anulado. A santificação é o elo na cadeia de ouro que nos leva de volta a Deus. A glorificação depende da santificação, porquanto não existe tal coisa como a transformação metafísica, sem a transformação moral. Cumpre-nos ser perfeitos como Deus é perfeito. Haveremos de compartilhar da natureza divina – “… pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo”, e isso não poderá ocorrer sem a santificação. Portanto, como é óbvio, a ética é uma questão séria, e não apenas um assunto acadêmico.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1 (Extraído e adaptado)