As Escrituras Sagradas são a Palavra de Deus.
Marcos 7: 13
“… invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.”
A Bíblia Sagrada, diferente do que algumas pessoas pensam, não revela (literalmente) quem Deus é. Na realidade o que está revelado na Bíblia é o que Deus deseja que homens sejam, no entanto, por sabermos qual seja a vontade dEle para conosco, implicitamente discernimos (pelo Espírito Santo) o que Ele é. No conceito de um Deus que se revela, está inerente a realidade de um Deus que se encontra plenamente cônscio da própria existência. O conhecimento que Deus tem de si mesmo não proveio de comparar-Se, ou contrastar-Se, por isso Ele tomou a iniciativa de Se tornar conhecido à sua criação.
A revelação que Deus fez de si mesmo foi um autodesvendamento deliberado. Ninguém forçou a Deus a se tomar conhecido; ninguém o descobriu por acidente. Num ato voluntário, Deus fez-Se conhecido aos que, de outra forma, não poderiam conhecê-lo. A humanidade finita deve lembrar-se de que o Deus infinito não pode ser encontrado à parte do próprio convite para o conhecermos.
Mediante nossas próprias pesquisas, à parte daquilo que Deus revelou, nada poderia ser descoberto a respeito dEle e de sua vontade, nem sequer de sua existência. Pelo fato de o infinito não poder ser desvendado pelo finito, todas as afirmações humanas a respeito de Deus acabam sendo perguntas em vez de firmarem como declarações. As mais sublimes realizações da mente e do espírito humanos não bastam para chegarem ao conhecimento de Deus.
O ser humano jamais progride além desta realidade – o que Deus revelou pela própria vontade estabelece os limites de todo o conhecimento a respeito dEle. A revelação divina destitui todas as alegações do orgulho, autonomia e auto-suficiência humanos. O Deus do Universo tornou-se conhecido; a maneira certa de acolhermos tal iniciativa é reconhecer esta revelação. Ele determinou qual seria essa revelação, a forma que ela teria e as várias condições e circunstâncias exigidas para recebermos a sua auto-revelação. Essa revelação foi um desvendamento controlado de seu próprio ser. A comunicação de si mesmo foi determinada exclusivamente pelo próprio Deus.
Deus não se revelou de uma só vez, mas optou por revelar-se paulatinamente no decurso de muitos séculos – “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho”. Mesmo para Deus – “há tempo de estar calado e tempo de falar“. Ele se revelou quando estava pronto para isso, quando achou por bem fazer conhecido o seu nome e os seus caminhos. Até mesmo a maneira de Deus se revelar – ajudando os homens a compreender a sua natureza, caminhos e o seu relacionamento com eles – também foi por Ele determinada.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de estudo Aplicação Pessoal.
– Teologia Sistemática, Stanley Horton