Adotando o mesmo sentimento do Verbo divino.
Filipenses 2: 5
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
O Evangelho de João, além do Evangelho de Lucas, contém uma afirmação precisa sobre o propósito do autor – “Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” Os propósitos primários, portanto, são dois: evangelístico e apologético. Reforça o propósito evangelístico o fato de que a palavra “c re r” ocorre aproximadamente cem vezes no Evangelho (os sinóticos a empregam menos da metade). João compôs o seu Evangelho para fornecer razões para a fé salvadora de seus leitores e, consequentemente, assegurá-los de que receberiam o dom divino da vida eterna.
Quanto ao propósito apologético, ele está estreitamente ligado ao propósito evangelístico. João escreveu para convencer seus leitores da verdadeira identidade de Jesus, ou seja, Deus-Homem encarnado, cujas naturezas divina e humana estavam perfeitamente unidas em uma pessoa, que era o profetizado Cristo (“Messias”) e Salvador do mundo. João organizou todo o Evangelho em torno de oito sinais ou provas que reforçam a verdadeira identidade de Jesus, conduzindo à fé.
A primeira metade de sua obra centra-se em torno de sete sinais milagrosos, mencionados por João, que revelam a pessoa de Cristo e gera fé. São eles: a transformação da água em vinho; a cura do filho de um oficial do rei; a cura de um paralítico; a alimentação de uma multidão; Jesus andando sobre o mar; a cura de um cego de nascença; e a ressurreição de Lázaro. O oitavo sinal é a pesca milagrosa depois da ressurreição de Jesus.
Qual é o sentimento demonstrado por Jesus? Paulo ao escrever para a igreja em Filipos (estendendo-se até aos dias atuais) apela aos sentimentos dos crentes para que sigam o exemplo de humildade de Cristo. Paulo coloca a pessoa de Jesus Cristo como o grande modelo de homem como exemplo para sua vida pessoal no modo de agir e pensar. Ele o demonstrou mediante a sua encarnação). Ora, sua encarnação representou seu esvaziamento de divindade para assumir a natureza humana. Foi por essa demonstração que constatamos a sua humildade.
Ele é o modelo perfeito de humildade. Ele mesmo disse certa feita – “Aprendei de mim, que sou manso humilde de coração”. Ele havia se humilhado, revestindo-se de nossa natureza humana e, também, humilhando-se ao papel de servo nesta natureza. O apóstolo Paulo apela a que os crentes tenham o mesmo sentimento demonstrado por Jesus. Ora, que sentimento era esse? O sentimento de tudo fazer por amor a Deus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Filipenses, a humildade de Cristo, Elienai Cabral