A chegada da presente hora de Jesus.

João 7: 6-8
 “Disse-lhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo, mas o vosso tempo sempre está pronto. O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós a esta festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda o meu tempo não está cumprido.”

Algumas vezes, diante de situações escandalosas envolvendo pessoas que usam o Evangelho para se auto-promoverem, nós costumamos nos expressar dizendo – “No que transformou o Evangelho de Cristo!” Mas, na verdade, não foi o Evangelho que sofreu transformação, mas sim o coração das pessoas. O Evangelho de Jesus Cristo continua exatamente como sempre foi desde o princípio, porém os que foram incumbidos de propagarem sua mensagem se corromperam no decorrer da jornada e o transformaram em um meio de se enriquecerem. A história nos mostra que esse tipo comportamento entre os cristãos (neste caso, os seguidores de Cristo) é uma realidade antes da morte e ressurreição do nosso Senhor Jesus.

Algumas celebridades do meio evangélico chegaram ao sucesso pelo aplauso do povo; pelos ‘tapinhas nas costas’; e, pelas bajulações, mas os verdadeiros servos de Deus sabem que isso não passa de ilusão. Ao realizar milagres durante a festa na cidade oficial da religião judaica, Jesus poderia reunir uma multidão, revelar-se como Messias e conquistar o inimigo. Claro que essa sugestão procedeu de corações e mentes cegas por uma incredulidade que, aliás, havia sido profetizada no Antigo Testamento (no livro dos Salmos) – “Tornei- me estranho a meus irmãos e desconhecido aos filhos de minha mãe“.

Jesus sempre agia com cautela, pois sabia que os líderes religiosos desejavam matá-lo. Apesar de esses líderes serem religiosos, no entanto, faziam parte do mundo e odiavam Jesus por denunciar a todos suas obras perversas. Por meio de seu caráter e de seu ministério, Cristo evidenciou a superficialidade e inanidade do sistema religioso imprestável e chamou o povo de volta à realidade da vida em Deus. A história revela que o sistema religioso muitas vezes persegue profetas enviados por Deus para preservar-se.

A declaração de Jesus aos seus irmãos sobre o fato de o mundo não odiá-los é uma declaração que se estende a todos que professam a fé em Jesus, mas vivem praticando aquilo que inerente do mundo. O Senhor afirma em Sua Palavra que o mundo não odeia o que é seu e, certamente, pertencer ao mundo, no sentido bíblico, não se restringe em ser praticante das obras do mundo, mas em ser simplesmente conivente com elas. Se nós não aborrecemos as obras do mundo, evidentemente que o mundo nos vê como, no mínimo, aliados dele.

O mundo sempre odeia ter seu mal exposto, ser convencido de seu pecado. O fato de sermos odiados pelo mundo não é só porque não pertencemos a ele, mas quando testifica que suas obras são más e malignas.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– João, o Evangelho do Filho de Deus, Myer Pearlman