Tentemos domar essa fera – 2ª Parte

“Conhecemos os metais pelo som que produzem e os homens por aquilo que falam”.                                                                        (Thomas Brooks)

Palavra – Elemento linguístico dotado de significação gráfica ou sonora, é formado por um ou vários fonemas.

Caráter – Aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir, peculiar a cada indivíduo. Resultado de progressiva adaptação do temperamento constitucional às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais. (Enciclopédia Barsa).
A comunicação verbal é a troca de informações por meio de linguagem falada. O sucesso deste tipo de comunicação depende da clareza das mensagens passadas, e esta está ligada à compatibilidade do acervo vocabular e intelectual dos envolvidos na troca de informação. Para que haja êxito, o receptor da mensagem precisa compreender o que ouve e para isso é necessário que a mensagem esteja em um código comum ao que fala e ao que ouve (mesmo idioma) e que ambos estejam no mesmo patamar de conhecimento.

Se, nós somos o que pensamos e o que pensamos falamos, então conclui-se, que nossas palavras revelam o tipo do nosso caráter. O conteúdo das nossas conversas manifesta que tipo de pessoa nós somos, e revela o nível de maturidade que temos. Leia-se maturidade como sendo o nível de entendimento (secular ou espiritual) alcançado no decorrer da vida, independentemente, da idade, nível cultural, sócio-econômico ou religioso.
A forma como usamos as palavras revelam se temos um caráter maduro ou imaturo. Os principais sinais que revelam um caráter imaturo são:
– O hábito de alegar razões, para justificar um comportamento infantil,
– Falta de coerência com o que se fala com a conduta;
– Ressentimento contra autoridade, não quer liderar nem aceita ser liderado;
– Egoísmo e inveja, o egoísmo tem uma conotação de orgulho e a inveja como um desgosto pelo sucesso de outrem; e,
– Acessos de ira diante de frustrações (XILIQUES).
Por outro lado, os sinais que evidenciam maturidade são:
– Domínio próprio excepcional em quaisquer circunstância, não perde o equilíbrio no falar.
– Fala e age com segurança.
– Aceita sugestões de outros.
– Quando repreendido ouve e aceita conselhos competentes.

“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. ” (Hebreus 12:15)

Uma pessoa amargurada, ela se auto destrói e contamina muitos com suas palavras amargas. E difícil uma pessoa com “raiz de amargura” no coração, não contaminar outros com uma influência negativa. A tendência de uma pessoa que foi ferida por alguém e ficou magoada é trabalhar contra, tentando sempre se vingar. O cristão não pode cultivar ódio no coração, porque isto o priva da graça de Deus. Palavras não revelam apenas nosso estado emocional, mas também se estamos com o coração limpo.

Como está nosso interior?

“Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.” (Mateus 15:18)

Quando o conteúdo de nossas conversas, no cotidiano, é malicioso, torpe e impuro, pode ser a evidência de que estamos enfermos interiormente. Quando se está doente na alma, os sintomas aparecem em forma de palavras, conversas, etc. Porque é do coração que vêm os maus pensamentos, os crimes de morte, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, as mentiras e as calúnias.
“Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena …” (2Tm 2:16,12)
Adaptado: A Língua – Domando esta fera (Josué Gonçalves)