Devocional lição 12/ 3º Trim 2017, Quinta-feira – Há na eternidade um lugar para os justos e outro para os injustos.
Mateus 25:46
“E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna”
Apesar da Bíblia ser taxativa e enfática no que diz respeito ao destino do homem, seja ele céu ou inferno, ela nos fecha a porta acerca de uma descrição minuciosa do céu. O que a Palavra de Deus nos fala do céu, não é para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos ordenar quanto ao nosso serviço a ele. Esse mundo é muito importante para o Senhor, e deve ser importante para nós. Ele é o lugar do nosso teste e refinamento para o seu reino e serviço eterno.
O critério para a nossa entrada ao céu é inteiramente a graça de Deus por meio da expiação de Cristo. Nenhum de nós adquire ou merece o céu. Sua graça nos faz membros de seu reino eterno. Isso começa aqui e agora. Todos nós temos tempos e problemas que nos levam a desejar que Deus dissipasse esses males e sofrimentos. Mas essas coisas são parte da graça de Deus para nós, um meio de nos preparar para o seu serviço eterno. Devemos deixar nossa ansiedade de lado e ver o propósito glorioso de Deus em todas as coisas.
Somos informados, pela Bíblia, que o céu, o Reino eterno, é o grande descanso sabático de Deus para nós, embora seja também um tempo de serviço. Entretanto, quando focamos exclusivamente no céu, agimos com certo egoísmo, isto é, focamos em nós mesmos e em nosso futuro, cuidando assim, somente da nossa salvação. Isso é uma fé centrada em si mesmo, e não em Deus. Devemos com simples confiança cumprir o nosso dever e crer que o nosso Deus é fiel à sua Palavra.
É triste ver crentes que pensam no céu simplesmente como um lugar maravilhoso onde não haverá mais sofrimento, mágoa ou morte. Tudo isso sobre o céu é verdadeiro, mas a limitação do foco nos faz lembrar de uma noiva que se gaba sem parar da mobília magnífica do novo lar sem dizer nem uma palavra sobre o futuro marido. Não é o lugar, mas sim as pessoas que estão ao nosso redor neste lugar, que nos trazem contentamento e satisfação, e a última expressão dessa verdade é que paraíso é estar onde Deus e Cristo estão. Eles são totalmente suficientes para iluminar o lugar com glória. Não é o objetivo de Deus que seu povo deveria conhecer o amor ilimitado de Cristo e ficar tomado de toda a plenitude de Deus?
Não pode haver um paraíso sem um inferno, não somente porque o evangelho fala de ambos, mas porque se não há um inferno todos os caminhos conduzem ao mesmo local. E se todos os caminhos conduzem ao mesmo local, não faz diferença qual caminho você toma, e bondade e maldade cessam de existir. A presença de um Deus justo num lugar tal como o inferno seria inconcebível. O inferno faz uma diferença infinita. A altura da montanha é medida pela profundidade do vale. É a existência do inferno que faz o paraíso existir. A grandeza da salvação é vista em oposição ao horror da condenação. É exatamente o inferno que tememos, que fala de um Deus moral, que rege num mundo moral onde bondade e maldade diferenciam-se, ambos em caráter e em consequência.
O inferno, não é algo que Deus tenha acrescentado ao destino dos incrédulos, mas sim a consequência natural das escolhas que cada pessoa tem feito. Há somente duas espécies de pessoas: aquelas que dizem a Deus, faça-se a tua vontade, e aquelas a quem Deus diz, no final, faça-se a tua vontade.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.