Cheios do Espírito, vencemos a carne.
Gálatas 5: 16
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”.
Os atos de Deus não são fundamentados estritamente em sentimentos, muitos dos atos do nosso Senhor estão baseados no conhecimento que Ele tem de todas as coisas – Onisciência. Poe exemplo, no caso do Faraó no Egito, quando o Senhor diz que vai endurecer o coração dele, de forma alguma, nosso Deus vai burlar Seus atributos e negar ao Faraó a oportunidade de ser alguém melhor, ou seja, naquele caso, o de demonstrar alguma complacência com o povo hebreu. Deus na Sua onisciência apenas intensificou a “dureza” de coração que já era evidente naquele homem. Deus, em hipótese alguma, impediu o Faraó de fazer o bem ao Seu povo.
Como o tema desta semana é o pecado de Davi com Bate-Seba, voltemos nele, falemos mais sobre esse episódio para que possamos extrair ensinamentos edificantes para nossa vida. Independentemente da função que exercemos na casa de Deus ou do tipo de relacionamento que temos com Ele, não seremos eximidos de qualquer responsabilidade. Nenhum crente; nenhum servo de Deus está livre de se deparar com alguma situação perigosa (apontando para o pecado), isto é, sendo mais objetivo para que possamos entender definitivamente, no caso de Davi, deparar-se com a nudez de Bate-Seba diante dos seus olhos era uma casualidade, o seu erro não foi ter visto a mulher se banhando, o problema foi o tempo que ele passou observando aquela cena – “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”.
Se Davi, desde a primeira vez em que se deparara com aquela cena, tivesse orado, indiscutivelmente o desfecho desta história tinha sido outro. Entretanto, Davi cedeu espaço para ser tentado com mais intensidade e, por causa disso, o que ocorreu foi uma sequência desastrosa de erros irreparáveis. Davi conhecia as leis de Deus – “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”; sabia que seu comportamento, ainda que não estivesse consumado, já estava desagradando o seu Senhor.
De maneira alguma podemos dizer que ao ser tentado Davi estava desamparado, ele não estava. O Espírito de Deus estava sobre desde a unção que recebera de Samuel. Contudo, Davi ficou desamparado quando desprezou a presença deste Espírito e deu seguimento aos desejos da carne. Quando Davi buscou informações sobre aquela mulher, deixou evidente que não refrearia suas intenções.
Somos advertidos enfaticamente pela Palavra de Deus sobre os muitos perigos (tentações) que nos rondam e sobre os seus efeitos (pecados) e terríveis consequências (distanciamento de Deus), por isso, quando espontaneamente nos propomos a conviver perto deles, estamos cientes de que não foi o Senhor que nos desamparou, mas que optamos por andar sozinhos.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.