Os costumes dos povos.
Jeremias 10: 3
“Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado”.
Deus nunca buscou um homem perfeito para andar em sua presença e, ou, para a realização da Sua obra por uma simples razão – “Não há um justo, nem um sequer”. Todos quantos o Senhor elegeu para servi-Lo eram pessoas comuns, limitadas, tendenciosas e imperfeitas. Abraão era idólatra; Jacó era um enganador; José, por seu comportamento diante dos irmãos, era um pretensioso; Moisés era um homicida; Arão cooperou com a realização do bezerro de ouro; Davi, depois de separado e ungido, tornou-se um assassino e adúltero; Pedro era um covarde; enfim, poderíamos fazer uma lista extensa de homens e mulheres que, mesmo sendo falhos e imperfeitos, foram usados poderosamente por Deus. CONTUDO, isso não é uma regra divina, pois, ainda que alguns personagens bíblicos fossem humanamente falíveis, foram imputados por Deus como sendo “justos”.
Desde Adão, o que interrompeu a comunhão com o Seu Criador por causa da desobediência (pecado), a humanidade, todos os homens, se ocupou em reatar essa comunhão perdida por seus próprios meios. O homem, no seu anseio pela paz interior, convence-se de que pode alcançar essa paz criando objetos inanimados e inúteis com o fim de ser o “elo” que os ligará a Deus. O que o homem natural não consegue entender, ou não quer admitir, é que, em hipótese alguma, ele pode atrair Deus até si, não por seus próprios meios ou esforços. Deus é quem atrai o homem até Si pela obra do Espírito Santo e pelo sacrifício de Jesus Cristo.
Não é o homem que abre e nunca abrirá um caminho até Deus. Não foi Adão que saiu em busca do Senhor após pecar, antes foi se esconder da face do Altíssimo, pois julgou, agora que seus “olhos estavam abertos”, que o Senhor não o aceitaria em Sua presença por causa da sua nudez. O avental de folhas foi o recurso que Adão encontrou para resolver o problema que acabara de criar. O avental de folhas cobrindo sua nudez, no conceito de Adão, re-estabeleceria a comunhão rompida.
É lastimável observarmos como o homem gosta de iludir-se a si mesmo. Muitas são as pessoas no meio evangélico que estão se enganando a respeito da própria fé e espiritualidade. Homens e mulheres que, por uma posição privilegiada no corpo ministerial da igreja, acham-se invulneráveis à tentação e intocáveis pelo pecado e, por causa desta atitude prepotente, vez ou outra, são causadores de escândalos nas igrejas. Será que nunca leram na Sagrada Escritura – “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia”?
Da mesma forma que o homem natural, o homem sem Deus, busca por seus próprios meios construir um caminho, através da idolatria, que o leve a Deus, alguns crentes estão agindo de forma semelhante. Muitos crentes acostumaram-se às práticas inúteis e infrutíferas na adoração a Deus. Os cultos estão se tornando uma “mesmice”, pois a racionalidade perdeu lugar para os costumes.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.