O poder de Deus não está restrito a qualquer construção humana.
I Reis 8: 27
“Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado”.
O espaço físico onde nos reunimos para culto de adoração e louvor ao nome do osso Deus, o qual denominamos igreja ou templo não pode ser visto como sendo literalmente a morada de Deus. Embora, em muitas ocasiões o chamamos de casa de Deus, não podemos, nem por uma fração de tempo, deduzir que é somente neste lugar que Deus nos ouve e atende-nos. Sem duvida alguma, este espaço físico sendo alugado ou não, é um lugar especial que foi adquirido para um propósito especifico – cultuar a Deus. E, enquanto ele for mantido para essa finalidade, indiscutivelmente, o nome do Senhor estará nele. O que torna esse espaço físico santificado para o que se destina são as pessoas “santas” que nele congregam.
Nada do que diz respeito à obra de Deus foi criado ou planejado como um “escape”. O sacrifício de Cristo não foi um recurso que Deus lançou mão por que o homem pecou, tanto o pecado como o sacrifício de Cristo já eram do conhecimento de Deus antes de tudo acontecer. Da mesma forma, a igreja não foi uma “carta na manga” que Deus tinha em razão da rebeldia de Israel. A rebeldia de Israel foi tolerada por Deus, pois, foi por ela que o Senhor deu seguimento aos Seus propósitos para a “criação” da igreja.
Embora tenha sido estabelecida na terra somente depois do nascimento de Jesus, a igreja já estava determinada desde a eternidade e os decretos de Deus são eternos, definidos e definitivos. Até o seu estabelecimento, a igreja foi, no antigo Testamento, um “mistério” que ninguém conseguiu desvendar. Desde o Éden a Palavra de Deus tem “insinuações” sobre o “organismo vivo” que seria estabelecido pela “semente da mulher”. Mais tarde o Senhor “insinuou” a Abraão que um “outro povo” seria alcançado pelas promessas do concerto que estavam fazendo entre si. Muito tempo depois, o Senhor, pela boca do profeta Isaías, anuncia claramente que a igreja seria estabelecida – “E as nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor nomeará”.
O mesmo Deus que criou Israel e estabeleceu a igreja na terra continua operando de forma maravilhosa, seu poder não diminuiu e nem seu amor se extinguiu. Com o mesmo poder e amor com que Ele auxiliou Israel no Antigo Testamento, Ele está apto a operar pela igreja. Embora os judeus não admitam, nós, os crentes, somos semente, embora espiritual, mas somos sementes de Abraão e essa condição é aceita por Deus pelo sacrifico de Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Teologia Sistemática – Norman Geisler