Não é possível entrar em combate sem a cobertura da oração.
Lucas 21: 36
“Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem”.
De uma forma muito preocupante, nós crentes, temos a extrema facilidade de nos ocupar com as coisas mais insignificantes desta vida em detrimento das que são necessárias e imprescindíveis. Gastamos grande parte do nosso precioso tempo com as maiores futilidades das redes sociais. Nossas preocupações giram em torno das preocupações desta vida e das tentações do mundo e da carne. Vigiar não quer dizer ficar parado à espera de sinais. Antes, significa ficar desperto, alerta, não ser pego despreparado.
A vigilância do crente não se limita aos perigos externos que nos rondam, muito pior dos perigos que podemos visualizar ao nosso redor, são os que não conseguimos identificar em nós mesmos. Jesus está chamando a atenção dos seus seguidores sobre um perigo eminente e real que está em cada um de nós. Somos admoestados a não nos deixarmos ser dominados pelos prazeres e cuidados deste mundo, pois, do contrário, estaremos despreparados para a Sua vinda. As palavras de Jesus são dirigidas a todo o povo de Deus, em todos os tempos, e não apenas aos que viverem nos dias finais da tribulação. O requisito da fidelidade espiritual é vital, levando em conta o ensino de Jesus, afirmando que Ele voltará para buscar os crentes fiéis num momento inesperado. Como não se pode determinar o momento da sua vinda para buscar a igreja, os crentes devem sempre estar prontos.
No artigo anterior falamos sobre a armadura de Deus que todo crente tem que estar revestido e, chamo sua atenção para o propósito desta armadura – revestir o crente. Essa armadura é constituída de ferramentas “espirituais” que estão à disposição do crente para os embates espirituais do dia-a-dia e a oração é uma destas ferramentas, aliás, é uma poderosa ferramenta. Todavia, não basta orar. Nossa oração tem que estar associada à nossa vigilância. Não adianta pedir ao Senhor que nos livre do mal se não vigiamos sobre o mal que nos rodeia, ou, até mesmo, aquele que está dentro de nós.
Jesus admoesta Seus seguidores a guardarem-se do pecado e orarem para que seu amor a Cristo não esfrie, e assim recebam graça e força para perseverarem na fé e na retidão em Jesus Cristo. Em meio a tempos de provação, é muito fácil desistir e começar a viver como o mundo incrédulo. Devemos “vigiar e orar”, resistindo às tentações ao nosso redor, a fim de estarmos preparados quando o Senhor voltar. Somente assim, perseverando, poderemos evitar todas as coisas terríveis que sobrevirão a este mundo nos últimos dias.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento – Warren W. Wiersbe
– Bíblia de Estudo Pentecostal.