Para vencer no campo da batalha espiritual é necessário vestir-se da armadura de Deus.
Efésios 6: 13
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”.
Seis “recursos” complementam a armadura de Deus – cinto da verdade, couraça da justiça, calçado do evangelho, escudo da fé, capacete da salvação e a espada do Espírito. Todos eles estão inerentemente ligados à Palavra de Deus de tal forma que a displicência com qualquer destes recursos, torna o “combatente” impróprio ou incapaz para a batalha. Por isso, Paulo, por duas vezes – “Revesti-vos de toda a armadura de Deus” e “Portanto, tomai toda a armadura de Deus”, orienta que a armadura deve ser tomada como um todo e não somente parcialmente. A “eficiência” da armadura contra as hostes das maldades só é possível quando o crente se reveste de toda ela.
Nossos maiores e piores inimigos são de natureza espiritual e, quando tomamos consciência disto, entendemos que as armas que devemos usar na batalha contra estes inimigos tem que ser de cunho espiritual. Querendo ou não, devemos admitir que vivemos, diariamente, numa intensa batalha espiritual. É uma batalha silenciosa, travada numa dimensão na qual não temos o menor controle dos embates e, ás vezes, por um descuido, nos vemos solapados pelos inimigos que investem furiosamente.
“Cingidos com a verdade” – A verdade, no sentido de honestidade pessoal, sinceridade e confiança devem estar em volta dos lombos, o local designado pela Bíblia como a residência das emoções – “E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins”.
A couraça da justiça na vida cotidiana protege o coração, a posição bíblica da personalidade, consciência e vontade – “Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto”.
As sandálias (ou sapatos) estão equiparadas à preparação ou habilidade de trabalho, às promessas do Evangelho da paz, de forma que não seja preciso ficar ansioso, mas estar firme ao pisar no solo escorregadio das circunstâncias externas – “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos”.
O grande escudo retangular, era combinado com os escudos de outros soldados em ambos os lados, para formar uma parede sólida; isto sugere uma fé atuando junto com a fé dos outros cristãos, para apresentar uma frente unida contra os ataques traiçoeiros do maligno – “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho”.
O capacete da salvação pode simbolizar a segurança da salvação, tão necessária para proteger a mente das dúvidas e medo. A única arma ofensiva que Paulo incluiu foi a espada do Espírito, aqui descrita como a Palavra de Deus, ou seja toda ordem ou declaração profética vinda de Deus através de seus servos – “Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras da minha boca os matei; e os teus juízos sairão como a luz”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Dicionário Bíblico Wycliffe