"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

O que já temia lhe sobreveio, o que ele receava lhe aconteceu.

Jó 3: 23-26
 “Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu? Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água. Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu. Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação”.

Tempos atrás, durante uma conversa informal com outro irmão, comentei sobre as nossas petições mais comuns em nossas orações. Falei-lhe que, como Jesus nos ensinou, o que mais pedimos a Deus, embora não nos expressamos com muita clareza, é a “imunização” contra os males desta vida. O irmão com quem eu conversava, acho que mais na sua ignorância do que simplicidade, disse que ele nunca tinha pedido isso a Deus, pois ele queria ser provado como Jó, ele queria ser formado na “fornalha”.

Quando dizemos que nossa vida é toda estruturada sobre oportunidades, a nossa intenção é que quem nos ouve ou que esteja lendo o que escrevemos é que estamos falando num sentido generalizado da palavra, ou seja, todas as oportunidades nos são oferecidas para que sejamos bem sucedidos em todas as esferas da nossa vida. Temos oportunidades para fazer o que é bom; temos oportunidades para rejeitar o que é mal; temos oportunidades para ouvir o que nos é útil; temos oportunidades para falar o que é proveitoso, bem como temos oportunidades para “FICAR DE BOCA FECHADA” – “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

Desta forma, concluindo o “caso” do irmão, algum tempo depois que tivemos aquela conversa, ele enfrentou uma tormenta em sua vida. E, assim que o problema se instalou, ele começou a reclamar da sorte e dizia estar sendo “perseguido” por outras pessoas da igreja. Eu deveria ter-lhe lembrado das próprias palavras dele, mas para que acrescentar mais sofrimento a um moribundo? A oportunidade que ele teve de ficar com a boca fechada, ele desperdiçou.

Não precisamos pedir provas ao nosso Deus, elas infalivelmente virão. Somos testados diariamente. Nós até pensamos que não, mas todos os dias, de uma forma qualquer, somos tentados. O problema é que, equivocadamente, atribuímos uma característica para as tentações e julgamos que elas sempre se apresentarão de maneira vil, chegando até nós mostrando a sua verdadeira face e a real intenção de nos fazer cair.

Ao concluir suas lamentações, Jó deixa bem claro uma coisa, ele nunca pediu para ser provado, muito pelo contrário, está escrito de forma bem clara que ele temia esse dia e que fez de tudo para que ele nunca chegasse até à sua porta – “Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei”.

A teologia de Jó é fascinante. Ela nos ensina que, embora possamos ter uma vida inteira devotada a Deus, isso não é fundamento para nos sentirmos excluídos das provas e tentações. Devemos aprender e praticar o que Jó nos ensina. Se estamos convictos da nossa devoção e comunhão, ainda que pareça que o Senhor nos abandonou, temos que permanecer irredutíveis desta convicção. Jó, em momento algum, deu créditos a Satanás, pelas desventuras que enfrentou.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

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