A espiritualidade pentecostal não elimina a maturidade e nem o bom senso.
I Coríntios 14: 20
“Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento”.
Paulo, neste capítulo da I carta aos Coríntios, evoca o bom senso dos crentes, pois, ele detectou que os crentes estavam escutando tudo o que se falava, mas, não estavam ouvindo do que se falava. Então, por oito vezes, ele fala do entendimento e, por entendimento o dicionário Bíblico Wycliffe define: essa palavra revela a compreensão e o conhecimento que resulta da inteligência e da razão. Ela implica uma percepção mental da natureza e da importância de alguma coisa, ao lado do discernimento e de um bom julgamento. Em suma, ela corresponde ao bom senso, algo muito próximo da sabedoria, e não a uma mera acumulação e posse de conhecimentos.
Paulo usa três exemplos para explicar o significado de entendimento para o povo e, no primeiro exemplo ele fala de instrumentos musicais. Paulo deixa bem esclarecido que quem toca e quem ouve devem ter entendimento. O que toca deve entender (saber) o que está fazendo, pois, as notas musicais não se produzem por si mesmas, antes, elas devem ser conhecidas pelo instrumentista a fim de, quando selecionadas, produzirem harmonia. Por outro lado, quem ouve deve ter entendimento para discernir o que está sendo tocado.
Em seguida, Paulo vai falar do corneteiro de um batalhão e, da mesma forma, tanto ele quanto os soldados do batalhão devem ter entendimento para discernir o sonido da corneta. Se o corneteiro não emitir a notas exatas, o som produzido não surtirá o efeito que se deseja e, assim, são os soldados. Se eles não souberem discernir o som emitido, ou recuarão na hora em que era para avançar ou vice-versa. E, por fim, Paulo aponta para o dia-a-dia das pessoas. Ele fala que para uma relação interpessoal ser bem sucedida é necessário que a comunicação verbal seja plenamente entendida por ambas as partes, pois, caso contrário, as pessoas estarão jogando palavras ao vento.
Diante do que foi exposto acima, concluímos que um culto não pode fugir da sua racionalidade. Diante das muitas bizarrices que vemos em alguns cultos (geralmente em igrejas pentecostais), não nos tornamos inocentes simplesmente virando as costas e fingindo não ver, devemos combater esse tipo de comportamento dentro das igrejas – COMBATER ENÉRGICAMENTE. Nós, professores de EBD não podemos perder as oportunidades que nos apresentam, sempre que possível devemos trazer ensinamento puramente bíblico para a igreja.
A igreja hodierna não é mais aquele organismo incipiente. Ela cresceu, amadureceu e precisa ser orientada em todas as coisas. Rebanho sempre será rebanho. Ovelha sempre será ovelha, ela não evolui para outro animal, uma ovelha jamais evoluirá para um leão. A ovelha deve evoluir sim, mas para se tornar uma ovelha melhor, que produza mais ovelhas.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento – Warren W. Wiersbe
– Dicionário Bíblico Wycliffe