A concessão dos dons.
I Coríntios 12: 11
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.
Talvez os amados leitores estejam pensando que os meus comentários desta semana estão destoados dos versículos bíblicos proposto para a leitura diária. Entretanto, julgamos ser necessário que, primeiro, devemos entender o que é “Igreja”; devemos estar cientes do papel que lhe foi designado a cumprir neste mundo; devemos crer que a igreja é uma agência do Reino de Deus no mundo, por isso, sua presença é indispensável para a propagação do evangelho e a expansão do Reino de Deus. Falar diretamente sobre os dons espirituais e ministeriais sem que primeiro haja, naqueles que leem, um entendimento mais amplo e acertado do que é a igreja, seria o mesmo que ensinar trigonometria para quem não aprendeu a somar, diminuir, multiplicar e dividir. De nada adianta ter uma plena compreensão dos dons espirituais e ministeriais se não nos comportamos como igreja.
Numa perspectiva geral, uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes, e Paulo deixa isso bem explicado nos versículos anteriores – “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas”.
Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja. As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito, conforme podem constatar no versículo base, ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons. Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom.
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, menos visível, ou seja, não é o tipo de dom que determinar o nível de espiritualidade do crente. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente.
Devemos estar muito atentos às manifestações espirituais dentro das igrejas, pois, Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo. O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal (pág. 1756)