Sinais e prodígios.
Romanos 15: 19
“Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo”.
Paulo está salientando, na carta que escreveu aos crentes de Roma, de que foi o Espírito Santo quem o dotou de poder para ministrar, bem como, o capacitou a realizar grandes sinais e prodígios. Os milagres que Deus realizou pelas mãos de Paulo serviram como evidência de que ele havia sido chamado e vocacionado por Deus para pregar o evangelho e revelar o Senhor aos gentios. Entretanto, desde o tempo do ministério terreno de Jesus e, posteriormente, dos discípulos e apóstolos, o propósito desses sinais e prodígios sempre foi abrir caminho para a pregação do evangelho. Os milagres autenticam a mensagem e o mensageiro. Por si mesmos, os milagres não têm poder algum de salvar os perdidos.
É muito comum, em nosso meio, ouvirmos alguns irmãos no auge da euforia, porque a mensagem que foi anunciada por eles alcançou algumas vidas, dizerem que “ganharam almas para Cristo”. Embora eu compreenda perfeitamente o que eles estão dizendo, todavia, ela soa como se isso fora possível por eles mesmos, isto é, eles pela elocução da mensagem convenceram as pessoas a aceitarem a Jesus. Na obra de Deus, exercendo qualquer que seja a função ou ministério, somos singelos instrumentos nas mãos do nosso Senhor e, se assim entendemos, então jamais podemos declarar que produzimos alguma coisa por nós mesmos. Seria o mesmo que um violão se “gabar” da música que foi tocada nele.
Nós, os crentes, que somos usados com os dons do Espírito Santo, principalmente, os dons de poder, devemos ser extremamente cautelosos e estarmos incessantemente vigilantes quanto ao que Satanás tenta induzir em nós. Não é raro encontrarmos irmãos que se vangloriam do sucesso de seus ministérios ou funções na igreja. Geralmente, tais irmãos dizem que a “receita” para tanta “unção” é muita subida ao monte. Diferente dos pregadores atuais, Paulo sempre fazia questão de enfatizar que todos os sinais, milagres e, até mesmo, as mensagens que por ele eram pregadas, tinham origem em Deus – “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”.
Os ensinos de Paulo continuam tão imprescindíveis em nossos dias como nos dias da igreja primitiva e, dizemos isso não somente pelo que foi escrito por ele, mas, também, pelo excelente exemplo que ele deixou de si mesmo como crente.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento – Warren W. Wiersbe