Edificando a igreja mediante os dons.
II Coríntios 14: 12
“Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja”.
Sobre os dons de poder, estejamos conscientes de que a fé concedida ao crente como dom, não se refere à fé salvífica, isto é, a fé que nos conduz à salvação é distinta da fé como dom no aspecto de que a fé salvífica nos é concedida para ouvirmos a Palavra de Deus e crer que ela (a Palavra) pode surtir o efeito para o qual foi enviada a nós, por outro lado, a fé como dom é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo com a finalidade de revestir o crente de uma fé especial que tem poder para operar o impossível. Está amplamente esclarecido que os dons do Espírito Santo não tornam ninguém “superpoderoso”, antes, os dons capacitam os crentes a, através da concessão dos dons, operarem com poder.
Devemos, também, fazer distinção entre o dom da fé e a fé como característica do fruto do Espírito. A fé como fruto do Espírito está evidente no crente que demonstra ser uma pessoa serena, confiante, firme e fiel. Se uma pessoa tem uma serena e contínua confiança, ela não se perturba ou entra em caos emocional de qualquer maneira. Uma pessoa fiável e leal é de confiança, ela guarda os seus compromissos; é alguém em quem se pode confiar. Esta fé marca um aspecto de carácter. A fé como característica do fruto do Espírito revela o caráter do crente, isto é, a fé neste sentido não tem conotação de alguém que crê, mas de alguém que é leal, honesto e responsável. Tal crente cumpre seus compromisso com os irmãos da igreja sob pena de prejuízo próprio; ele exercerá sua função na igreja independente da cooperação dos outros.
A fé como dom não é uma fé naturalmente humana ou uma fé cultivada. É uma fé divina. É uma fé que se manifesta instantaneamente, sobrenaturalmente, como uma dádiva diretamente de Deus pelo Espírito Santo. A fé, assim como todos os outros dons, não é operada pela própria vontade do crente, nenhum crente tem, por si mesmo, uma palavra de conhecimento ou sabedoria. Nenhum crente pode discernir espíritos por seus próprios meios ou vontade. Da mesma forma, nenhum crente tem o dom de fé por sua vontade, isto é, não basta querer crer. Todos os dons estão sob o controle de Deus. O nosso papel na operação dos dons, é proporcionar condições para que o Espírito Santo opere através de nós como desejar e, a maneira que temos para fornecer condições ao Espírito Santo de nos usar é estarmos sempre “limpos” e “vazios”.
Se nós pudéssemos operar o dom da fé a revelia, o mundo estaria numa situação caótica porque cada um usaria os dons para satisfazer as nossas necessidades e desejos pessoais. Imaginem, um crente querendo mudar a montanha para um lado enquanto outro crente querendo mudar para outro, por isso, Deus tem que manter um controle restrito os dons.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Os Dons do Espírito – Derek Prince
Amém