Sinais para os fiéis e para os infiéis.
I Coríntios 14: 22-25
“De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós”.
Paulo está ensinando a todos os crentes que os dons do Espírito Santo não podem ser qualificados quanto à importância, Paulo quer que entendamos que os dons (todos eles) são úteis para o fim que for concedido. Por exemplo, as línguas estranhas manifestadas (sem a devida interpretação) em um culto público na congregação serão vistas como um sinal negativo para os incrédulos, porque os convencem que estão separados de Deus (vão sentir-se excluídos da igreja) e, portanto, não podem compreender o que está acontecendo. As línguas como um sinal para o crente indica que o Espírito Santo está sendo derramado e manifestado entre o povo de Deus.
Um dos sinais mais certos de que o Espírito Santo está presente e operando em qualquer igreja é quando Ele convence do pecado, da justiça e do juízo. Através da manifestação do Espírito entre o povo de Deus, o pecado será desmascarado, haverá um chamado ao arrependimento, e os pecadores ficarão convictos dos seus pecados. Onde não há desmascaramento da injustiça, convicção do pecado e chamada ao arrependimento, o Espírito Santo certamente não está operando, segundo o padrão bíblico. Não há um dom especial de revelação, nem “leitura do pensamento”, para descobrir pecado no coração de alguém. A palavra da profecia, com sua verdade moral, ao ser proclamada sob o impulso do Espírito Santo, basta para convencer o coração do pecador.
Os crentes coríntios tinham ignorado os incrédulos, e Paulo admoestou a igreja por essa exibição de imaturidade espiritual. Ele apela para “a lei” – “Está escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor” para mostrar que Deus usa línguas estranhas como sinal de julgamento. Se os incrédulos chegassem à adoração e ouvissem uma língua ininteligível, eles seriam repelidos e rejeitariam o evangelho. Nessa situação, as línguas não interpretadas servem de sinal de julgamento “para os incrédulos”. Mas os crentes de Corinto deveriam ter como alvo levar os incrédulos ao arrependimento e a reconhecerem que Deus está presente. Visto que Deus usa as palavras compreensíveis da profecia para realizar esse propósito, a profecia é um sinal “para os que creem” e serve de evidência da bondade de Deus para com eles.
Paulo descreve os diferentes efeitos das línguas e da profecia sobre os de fora, indicando a superioridade da profecia, pois, a profecia conduz a convicção da condição de pecado da pessoa, ao julgamento e à manifestação dos segredos do coração.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal
– Comentário Bíblico do Novo Testamento Moody