Apóstolo, uma missão sacrifical.
I Coríntios 4: 9
“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens”.
Reiterando o que escrevemos no final do artigo anterior (sobre o número de apóstolos no tempo de Jesus), ora, Jesus teve um grande, embora flutuante, número de discípulos durante Seu ministério, porém, nem todos eles foram apóstolos. Os Doze foram escolhidos dentre um grupo bem maior e eles deveriam estar com Jesus, como discípulos, e ser enviados para pregar e exorcizar, como apóstolos. Jesus lhes deu o título de “apóstolos” – “E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos”, embora a essa altura, esse título talvez não fosse nem exclusivo, nem entendido como permanente. Os apóstolos eram capazes de agir em nome de Cristo. Doze foram especialmente escolhidos por causa dos doze patriarcas de Israel, embora haja alguma dúvida sobre a lista exata dos nomes.
O problema que muitas igrejas enfrentam se consiste no fato de que alguns (por que não muitos) de seus membros demonstram alguma jactância de sua sabedoria, do seu conhecimento superior e dos seus dons espirituais. Entendem que já possuem tudo quanto querem; estão “fartos”, “ricos” e “reinam” tanto na igreja como no mundo. Porém, Paulo, nos mostra que a verdadeira vida do crente fiel é o caminho da cruz, e que o sofrimento antecede a glória – “E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”.
Em vista disto, Paulo alista as provações sofridas pelos apóstolos e, quando ele diz que foram “postos”, ele está sugerindo que que Deus reservou para os apóstolos uma vida de sofrimento, testemunhada pelo mundo, pelos anjos e pela igreja. Isso está evidenciado nos momentos da vida do apóstolo em que algumas coisas faltaram, coisas tais como comida, água e roupas apropriadas. Muitos deles enfrentaram o desprezo, tratamento rude e não tinham moradia certa. Verdadeiros embates de dia e de noite, sofrendo maledicência, perseguição e calúnia; considerados o refugo deste mundo, “a escória de todos”.
Embora o sofrimento fosse, em certo sentido, algo específico no ministério apostólico – “E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”, entretanto, não deixa de ser, também, o destino comum de todos os crentes que, unidos a Cristo, opõem-se ao pecado, à imoralidade, a Satanás, aos males do mundo e à injustiça. O sofrimento destes é considerado uma comunhão, uma participação nos sofrimentos de Cristo – “Para que ninguém se comova por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos ordenados”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Enciclopédia Bíblica Merril C. Teney vol. 1