Cristo, o Pastor das ovelhas.
Hebreus 13: 20
“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas”.
Em toda a história de Jesus narrada nos evangelhos, sempre nos deparamos com narrativas onde o nosso Bom Pastor estava orando. Pode ser que algumas pessoas argumentem que Jesus orava sem que houvesse necessidade, pois, afinal de contas, Ele era, também, Deus, porém, ainda que essas pessoas tenham razão, o objetivo de Jesus deixar registrado o quanto Ele orava tinha por objetivo servir de exemplo para o Seu rebanho e, também, para os que seriam “nomeados” para representa-Lo diante do rebanho – a igreja. O que o Senhor Jesus queria ensinar com essa instrução é que nenhum “pastor” sobrevive nesse ministério sem uma vida dedicada a oração.
Eu oro! Você ora? Mas, se pudéssemos definir a nossa oração em uma só palavra, qual seria?
Oração não é uma conversa com Deus na qual vamos tratar de assuntos levianos. O momento em que estamos orando é extremamente solene, pois não estamos conversando com o nosso colega, ou vizinho, ou irmão, ou filho e, ou esposo (a). Quando nos dispomos a orar, nós estamos na presença do nosso Deus, por isso, não somente nos aproximamos dEle, antes, Ele aceitou a nossa aproximação, portanto, as palavras que pronunciarmos nos levam à proximidade de outras que despedaçam cedros, fazem tremer os desertos e desnudam os bosques – “A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano. Ele os faz saltar como a um bezerro; ao Líbano e Siriom, como novos unicórnios. A voz do Senhor separa as labaredas do fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor faz parir as cervas e desnuda as brenhas. E no seu templo cada um diz: Glória!”.
As orações de Jesus não era um bate-papo com Deus para saber as notícias do Céu, eram conversas francas onde Jesus fazendo uso da sua natureza humana angustiava-se. Jesus deixou bem claro que o momento de oração é algo extremamente sério e grave, por causa disto, não podemos proferir palavras levianas como se estivéssemos querendo bajular Deus. A oração tem o extraordinário efeito de reverter os efeitos mortais que o pecado produz em nossa vida. A oração é uma atividade que aumenta a vida e não que a diminui, infunde vitalidade. A oração renova-nos, em vez de desgastar-nos. A oração combate o tédio, reduz a ansiedade, ela une corpo e espírito, harmonizando-os.
A oração, bem como a leitura da Bíblia Sagrada, é imprescindível no exercício do ministério pastoral pelo fato de que todo pastor se tornar um orientado espiritual. A orientação espiritual é a tarefa de ajudar uma pessoa a levar a sério o que é deixado de lado pela mente tomada pela trivialidade e a banalidade das coisas. Infelizmente, alguns pastores desprezam essa atividade no exercício de seu ministério, pois não entendem o que Jesus fez e continua fazendo – Jesus em seu ministério terreno “trabalhou” por nós e, agora, junto ao Pai, trabalha em nós para que cheguemos ao fim da jornada.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Um pastor segundo o coração de Deus – Eugene H. Peterson