Homens exemplares.
Atos 6: 1-5
“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia”.
Ora, sem a menor sombra de dúvida, quando se fala de pessoas exemplares, em hipótese alguma está insinuando que tais pessoas sejam perfeitas. Ser exemplo aponta para um modelo que pode ser seguido e, se tratando de pessoas que exercem funções na igreja, não podemos nos esquecer jamais que, mesmo sendo exemplo, qualquer pessoa está suscetível ao erro. O problema de muitos que se dizem crentes é que quando o “exemplo” tropeça ou, até mesmo, se desvia em sua conduta espiritual, continuam vendo a pessoa caída como exemplo, entretanto, não é isso que a Bíblia nos ensina. O próprio Senhor afirma categoricamente que se o crente cair, não haverá memória das coisas que ele realizou quando crente – “Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, … , e suas justiças que praticara não virão em memória…”.
É impressionante como o mau exemplo é rapidamente assimilado pelas pessoas. Geralmente, pessoas ilustres ou, até mesmo, pessoas comuns que estão em evidência nas mídias sociais “lançam”, às vezes inconscientemente, uma “moda” e a velocidade com que isso é assimilado pelas pessoas é espantosa. A questão não é mundo com o seu sistema decaído estar sempre inventando um estilo. Estilo que abrange, praticamente, todo o modo de vida das pessoas – interfere no comportamento e nos conceitos morais pré-existentes, deturpando o estilo de roupa, degradando a aparência física (tatuagens, piercings, corte de cabelo, etc.).
Se estas coisas ficassem apenas no mundo, provavelmente não estaríamos comentando sobre elas, porém, a gravidade destas coisas reside no fato de que alguns irmãos que exercem funções nas igrejas e, que deveriam ser modelo para o rebanho, se transformam em verdadeiras vitrines do mundo. É triste encontrarmos dentro das igrejas irmãos (obreiros) que não possuem nenhuma identificação de crente em seu estilo de vida. Como dizem alguns – “saíram do mundo, mas o mundo não saiu deles”.
As qualificações bíblicas exigidas para os que almejam um ministério são, praticamente as mesmas, porém, quanto à consagração para o diaconato, Paulo diz que estes devem ser primeiramente provados – “Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, guardando o mistério da fé em uma pura consciência. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis”. A provação neste caso, não é um teste acadêmico, ou psicológico, ou teológico, mas fala de serviço, ser provado no trabalho.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.