Chamados para servir.
I Timóteo 3: 13
“Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”.
Quando foi instituído o diaconato, o objetivo do ministério era que os que fossem consagrados trabalhassem na igreja local administrando questões que eram de sua alçada. A função do diácono foi e continua sendo a de cooperador na igreja local, ele é um auxiliar do pastor ou do dirigente local. Entendamos bem que o diácono é um auxiliar do pastor no ministério pastoral e não naquilo que é de ordem pessoal na vida do pastor. Diferente do que muitos crentes julgam, o diácono não é um serviçal da igreja, a sua função é para o exercício de um trabalho específico dentro da igreja. “Servir à mesa” não aponta para a função de garçom, mas de alguém que participa do ministério pastoral como um ajudador.
Fico extremamente indignado com a atitude de alguns crentes em relação à pessoa do diácono. O diácono não é alguém menos espiritual do que qualquer outro crente que exerce função ministerial na igreja, embora exista uma hierarquia, a sua avaliação não é pelo nível espiritual. Se fosse assim, existem alguns pastores que deveriam ser “rebaixados” novamente à função de diácono.
O grande desejo do Senhor é que seus “trabalhadores” sejam escolhidos dentro do próprio rebanho – “Agora, pois, assim dirás a meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu te tirei do curral…”, é claro que, contextualmente, o versículo está se referindo a Davi e, consequentemente, aponta para o ministério pastoral, mas como temos falado, os dons ministeriais, independente de qual seja, é dado por Deus aos crentes para servirem na Sua igreja, sendo assim, o diácono deve ter conhecimento (sempre que for possível) das necessidades de toda a igreja. Mais uma vez voltamos a dizer que não é a função que faz o obreiro, mas é o crente que sendo trabalhador é chamado pra uma função.
Para o diácono “adquirir para si boa posição”, ele não precisa ser o melhor teólogo da igreja; ele não precisa ter o nível cultural acima dos demais irmãos; não há a necessidade de ele possuir todos os dons espirituais; ele não precisa conhecer todas as técnicas de homilética ou hermenêutica; em suma, “adquirir para si boa posição” não vai depender do quanto ele sabe ou quanto ele tem, mas única e exclusivamente daquilo que ele é diante de Deus e da igreja. A “boa posição” é o Senhor quem vai conceder a ele, Deus o “promoverá” espiritualmente e lhe dará cada vez mais respeito no meio dos santos.
O diácono é um homem de Deus assim como qualquer outro obreiro. Ele não é babá do seu filho (a), ele não é garçom, ele não é seu mensageiro pessoal e, muito menos um “quebrador de galhos” para os irmãos de igreja. O diácono não é o Severino “faz tudo”. Biblicamente, o objetivo do seu serviço é aumentar o tempo livre do pastor ou dirigente, para que este se ocupe da ministração da Palavra e dos ensinos na igreja.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.