Consolando o coração durante a caminhada da fé.

II Tessalonicenses 2: 16-17
“E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança, console o vosso coração e vos conforte em toda boa palavra e obra.”

Vejo uma apatia avassaladora que está contaminando os crentes de hoje. À primeira vista, tenho a sensação de que as pessoas não querem se envolver com a obra de Deus para não se comprometerem. Querem cooperar com a obra de Deus, mas de uma maneira, meio que, autônoma, tipo, “se der, eu faço”. Alguns líderes, pastores e dirigentes de igrejas e, ou grupos dentro das igrejas, ao final do culto ou reunião, são os primeiros a ir embora. Não querem ser incomodados pelos irmãos com seus problemas ou dificuldades.

Existe uma igreja enferma, cujo estado de saúde espiritual é extremamente delicado, e ela está gemendo por socorro e, ninguém está se importando com a gravidade da sua situação. Quando alguns estendem as mãos para ajudar, o fazem de forma paliativa, e ainda se justificam dizendo que fizeram o que estava ao alcance. Os que deviam tomar as rédeas da situação, delegam responsabilidades a quem não tem autoridade, estão consagrando homens e mulheres sem nenhuma condição espiritual para cargos e funções, que são essenciais para a manutenção da igreja como um organismo vivo. Abandonaram os requisitos bíblicos para a consagração de tais pessoas, transformaram os ministérios em cargos e estão “nomeando” obreiros à revelia, e assim, o quadro de saúde da igreja vai se agravando cada vez mais.

Diante deste quadro é que eu vejo a apatia da igreja, pois, ainda que esses líderes, pastores ou dirigentes não cumpram com a sua função, nós como igreja do Senhor, como membros deste corpo espiritual, não podemos virar as costas para a situação. Temos irmãos “morrendo” ao nosso lado e não estendemos as mãos por que isso é “obrigação” do pastor. Estamos vendo as pessoas “morrendo“ em casa, mas não vamos visitar por que isso é responsabilidade do pastor. Vemos as pessoas com seus braços estendidos implorando por ajuda e, não importa de onde vem a ajuda, o que elas querem é sair imediatamente da situação de risco, mas nós permanecemos com nossos braços cruzados, pois, o pastor é quem deve socorrer tais pessoas. Casamentos estão desabando, famílias estão se desestruturando e relacionamentos estão desintegrando bem diante da nossa “cara”, e, nós estamos num estado de apatia latente esperando que as coisas se resolvam por si mesmas.

Como membros efetivos do corpo de Cristo, que é a sua Igreja, e não me refiro apenas a igreja local, mas, a universal, devemos cuidar uns dos outros. seja no sentido literal da palavra ou no sentido espiritual, não importa, o que não podemos fazer é ficar de braços cruzados diante do que estamos vendo. Se seu pastor, líder ou dirigente não quer ou não pode fazer, faça-o você. Socorra, visite, ampare, ore e ajude os que estão sem forças nesta mesma empreitada que nós. Nos confortemos mutuamente com a boa Palavra de Deus, bem como, com toda a obra que o Espírito Santo Consolador tem nos ensinado.

Perseveremos, pois, na fé.

Deus te abençoe.
Graça e Paz.