A unidade contribui para o amor e a paz.
II Coríntios 13: 11
“Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”.
Quando nos deparamos com instruções como essa que Paulo escreveu aos crentes de Corinto, temos a nítida impressão de que o apóstolo era um sonhador, isto é, ele desejava ver algo que, de acordo com a ótica humana, é difícil ou, até mesmo, impossível de ser alcançado – a plena e perfeita comunhão entre os crentes, uma igreja exatamente dentro dos moldes que Jesus deseja. Contudo, como o próprio Senhor asseverou que jamais exigiria de nós algo que não fosse passível ser realizado, devemos acatar essa orientação e buscar com grande esforço realizar o que se nos pede.
Geralmente, recorremos aos dicionários seculares em busca do entendimento de alguns termos bíblicos e, ainda que o significado tenha alguma relação com o contexto bíblico, não podemos levar ao “pé-da-letra” o que o termo quer nos dizer (não, no que se aplica à nossa dimensão). Por exemplo: o regozijo do crente não é pelo “coisas” que estão em seu poder, mas, pela nova vida que recebeu em Jesus Cristo; a perfeição que Deus exige do seus, não se aplica a detalhes físicos ou morais, mas àquilo que se aplica á Sua lei, ou seja, perfeito para Deus é todo aquele que busca andar em obediência à Sua Palavra.
Desta forma, quando Paulo diz que uma igreja, para ser vista com igreja de Cristo, deve viver dentro dos padrões descrito no versículo acima, ele está dizendo que é impossível que alguma igreja alcance esse objetivo não resolvendo os problemas que surgem no cotidiano. É impossível que as pessoas possam estar regozijando em um ambiente onde conflitos, diferenças, problemas não foram sanados de forma definitiva; é impossível que uma igreja que diz ser obediente à voz do Senhor não tenha um mesmo parecer e, isso não se aplica a um estilo de roupa, pois, o reconhecimento de igreja de Cristo não se dá pela observação criteriosa dos costumes e tradições estritamente no âmbito religioso, mas – “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”.
Evidentemente que não somos ingênuos a ponto de julgar que todos dentro de uma igreja podem ser vistos como “irmãos”. “Irmão” é todo aquele que, num esforço muito grande, busca viver de forma harmoniosa com o que a Palavra de Deus nos prescreve e, assim, viver conforme Paulo recomenda que uma igreja viva. Certamente que o viver harmoniosamente na igreja não se aplica a ter o mesmo tipo de relacionamento com aqueles que são rebeldes.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.