A linguagem bíblica busca alcançar a compreensão de todos.
I Coríntios 14: 9-11
“Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim”.
Uma vez que a Bíblia tem frequentemente sido traduzida para várias línguas e distribuída através do mundo, como podemos ter certeza de que não entrou algum erro, mesmo não sendo intencional? À medida que o cristianismo se espalhou, é certamente verdade que as pessoas desejaram ter a Bíblia em sua própria língua, o que requeria traduções do original hebraico e aramaico do Antigo Testamento e do grego do Novo Testamento. Não apenas o trabalho dos tradutores forneceu uma oportunidade para o erro, mas a publicação, também ofereceram oportunidades de contínuas possibilidades de erro.
Através dos séculos, os praticantes da crítica textual, uma ciência exata, descobriram, preservaram, catalogaram, avaliaram e publicaram uma quantidade fantástica de manuscritos bíblicos tanto do Antigo como do Novo Testamento. De fato, o número de manuscritos bíblicos existentes ultrapassa dramaticamente os fragmentos existentes de qualquer outra literatura antiga. Ao comparar texto com texto, a crítica textual pode confiantemente determinar o que o escrito original profético/apostólico e inspirado continha.
O Antigo Testamento hebraico do século 105 d.C. ao ser comparado à tradução grega chamada de Septuaginta ou LXX demonstrou haver fantástica consistência entre os dois, o que significa precisão na cópia do texto hebraico ao longo dos séculos. Também, a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto em 1947-1956 (manuscritos que são datados cerca de 200-100 a.C.) provou ser de monumental importância. Depois de comparar os textos hebraicos primitivos com os atuais, somente pequenas e insignificantes variações foram encontradas, nenhuma que tenha mudado o significado de qualquer passagem. Apesar de o Antigo Testamento ter sido traduzido e copiado por séculos, a última versão era essencialmente a mesma dos séculos anteriores.
Com essa riqueza de manuscritos bíblicos nas línguas originais e com a atividade disciplinada dos críticos textuais para confirmar a quase total precisão no conteúdo dos escritos, quaisquer erros que tenham sido introduzidos e/ou perpetuados pelos milhares de traduções ao longo dos séculos podem ser identificados e corrigidos pela comparação da tradução ou cópia com os originais que foram reunidos. Pelo uso providencial desses meios, Deus tem reafirmado as suas promessas de preservar as Escrituras. Podemos descansar seguros de que há traduções disponíveis hoje que são realmente dignas do título de A Palavra de Deus.
Embora o texto bíblico da carta que Paulo escreveu aos Coríntios esteja contextualizado sobre os dons espirituais, ele se aplica muito bem ao que a lição propõe – demonstrar que pela inspiração divina, o texto bíblico tem por finalidade alcançar, de maneira compreensível, o homem.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo MacArthur (pág. XVIII, extraído e adaptado)