O Senhor os fez um só.
Malaquias 2:15,16
“E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? E por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio e aquele que encobre a violência com a sua veste, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais”.
Na época de Moisés e da de Jesus, bem como nos dias atuais, o casamento sempre esteve longe de atingir o propósito original de Deus. Jesus citando o que Moisés havia escrito – “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa”, explicou que a indissolubilidade do casamento fazia parte das intenções de Deus, mas devido à natureza pecaminosa do homem o divórcio tornou-se inevitável. Moisés instituiu algumas normas para ajudar as ‘vítimas’ de adultério. Eram leis civis, especialmente destinadas à proteção da mulher que, naquela cultura, ficava totalmente vulnerável se vivesse sozinha.
Com a Lei de Moisés, um homem não poderia mais simplesmente expulsar a mulher de casa, deveria escrever uma carta formal de dispensa. Esse foi um grande passo em direção aos direitos civis, pois fez com que o homem passasse a pensar melhor a respeito do divórcio. Deus projetou o casamento para ser indissolúvel. Ao invés de procurar razões para se separar, marido e esposa devem concentrar-se em procurar meios de continuarem juntos.
A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, que cada cônjuge seja único até que a morte os separe. Neste particular, Jesus aponta uma exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), palavra esta que no original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual. O divórcio, portanto, é tolerado em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar. A vontade de Deus em relação ao casamento é que os dois permaneçam juntos. Todavia, Ele tolerou o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas. No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o Antigo Testamento determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas. Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo.
Sob a Nova Aliança, os privilégios do crente não são menores. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente. Evidentemente não estamos instituindo um novo ensino sobre este assunto, não estamos instigando nenhum cônjuge (que tenha sido enganado) a buscar a solução no divórcio, pois, se o cônjuge ofendido perdoar a ofensa e desejar conviver pacificamente com outro, com toda certeza, Deus abençoará de maneira abundante.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.