Jesus deu testemunho de uma tão grande salvação.
João 10: 9
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”
A linguagem usada por Jesus para ministrar seus ensinamentos, foi a de mais fácil interpretação para os ouvintes da sua época. Ele aplicava os ensinos da Sagrada Escritura usando os acontecimentos do dia-a-dia, proporcionando assim, que os ouvintes tivessem a fiel interpretação das suas palavras.
“Eu sou a porta” – O aprisco do qual a Bíblia faz menção, era um lugar seguro para onde se recolhia o rebanho para passar a noite, ou, para alguma eventualidade em que fosse preciso colocar o rebanho num lugar seguro. Geralmente era cercado por um muro de pedras, ou, em alguns casos, de madeira entretecida, a céu aberto e com uma única porta. Na única porta, o pastor deitava-se para guardar o rebanho. Quando havia mais de um rebanho no aprisco, a guarda na porta era revezada pelo número de pastores que estivessem ali com seus rebanhos. Pela manhã, cada pastor chamava, eu disse CHAMAVA, pelo seu rebanho e seguia sua jornada.
Até o versículo 10 de João 10, Jesus põe-se como a PORTA. Ele não diz que é o porteiro e, muito menos, diz que é o Pastor, mas, apenas a porta. No mês passado (Dezembro/2017), tivemos a triste notícia de quatro (ou cinco) suicídios de pastores (as) de igrejas evangélicas. A notícia teve repercussão no meio evangélico, e desencadeou uma vasta lista de opiniões a respeito deste nobre ministério, que é o de pastorear um rebanho.
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são CHAMADOS segundo o Seu propósito.”
Em outro lugar, também podemos ler o seguinte: “E ninguém toma para si esta honra, senão o que é CHAMADO por Deus, …”
Estão distribuindo cargos de pastores nas igrejas, como que para recompensar o tempo “de casa” do crente, ou, então para promover um irmão pelo seu excelente desempenho na obra do Senhor, ou, até mesmo, para segurar ou atrair alguém para determinada igreja. O ministério pastoral está sendo conduzido como uma fonte de renda, as igrejas estão virando empresas e, isso não é novidade para ninguém, estão sendo “negociadas”, como se fossem fazendas de pecuaristas, e são vendidas de “porteira fechada”.
“Eu sou a porta” – O verdadeiro pastor entra por ela. O verdadeiro pastor permanece nela. O verdadeiro pastor que vê seu ministério, EXCLUSIVAMENTE, como um chamado, uma vocação, dá a sua vida pelo seu rebanho. Não entendam o “dar sua vida” como suicidar. O suicídio é um ato de covardia, e isso não é minha opinião, é o que dizem os estudiosos. O pastor que atendeu ao chamado de Deus, para esse ministério, tem plena consciência de que o rebanho que será colocado sob seus cuidados, será dependente dele, mesmo que no meio do rebanho haja irmãos ou irmãs sobremaneira espirituais, todo o rebanho será dependente do pastor. Ele, o pastor, tem a responsabilidade de guiar o rebanho pelo caminho. É ele quem vai cuidar, zelar, tratar, consolar, amparar e defender o rebanho, sem esperar e, muito menos, exigir retribuição.
“… se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens …” O Pastor é chamado por Deus para exercitar o dom ministerial que existe nele, não pode ser nomeado por causa dos seus certificados e diplomas. Se você, meu amado, não tem esse chamado para sua vida, permaneça naquilo para o que teu Deus te chamou.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.