Cristo, superior em palavra à Lei.
Hebreus 3: 7-8
“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto”
Infelizmente estamos vivendo momentos proféticos, são os momentos finais da história da igreja de Jesus Cristo na Terra. E, digo infelizmente, por que muitos crentes estão “dormindo”, pior que isso é que, mesmo sabendo que estão num profundo sono espiritual, não querem ser acordados. Estão vigiando climas, tempos, nações e religiões e, não estão atentos para o que é mais óbvio, a própria Igreja de Cristo.
O autor aos Hebreus, nos primeiros versos de sua carta chama a atenção dos seus leitores para o grave erro de negligenciarmos a Palavra de Deus e incorrermos no desvio da fé. Agora, ele fala de um perigo maior ainda, que é o de ouvir, porém, duvidar da Palavra de Deus. O perigo, agora, não é apenas de não levar a sério a Palavra de Deus, mas o de não acreditar nela.
Israel no deserto, peregrinou por quarenta anos, pelo fato de duvidarem, em muitas ocasiões, da Palavra de Deus. O Senhor até tolera nossos questionamentos, mas não suportará qualquer dúvida levantada ante a Sua Palavra. E, Israel não só questionava, também murmurava e duvidada dela. Deus tolerou muita rebeldia do povo de Israel no deserto e, quanto mais Deus perdoava, mais rebeldes se tornavam. O ápice de toda rebeldia do povo, foi no monte Sinai. Logo após ouvirem, receberem e confessarem ser obedientes a Lei de Deus entregue no monte Sinai, se rebelaram, como disse Moisés, com “grande pecado”, e na adoração do bezerro de ouro, transgrediram três mandamentos, dos quais acabaram de receber. E, alguns dentre o povo, lembravam da escravidão egípcia com saudades, preferindo-a a estar com Deus. Ainda que estivessem no deserto, uma coisa era certa, Deus estava com eles.
A escravidão egípcia era e ainda é, em nossos dias, física, apenas física. Os hebreus foram forçados ao trabalho pesado sem nenhum direito trabalhista. Eles nem podiam usar a expressão “trabalhar para comer”, porque não tinham salário e o ração diária não era o suficiente para nutrir o corpo desfalecido. Estavam insatisfeitos com a situação e ansiavam por se livrarem dela. Tanto é que, na noite da Páscoa, todos, sem exceção, partiram do Egito em direção a uma terra de promessas, felizes porque o sofrimento físico acabara definitivamente, a esperança agora era a de serem donos dos próprios narizes.
Não é exatamente o que acontece em nossos dias? Muitos crentes insatisfeitos com a condição de empregados. Murmuram o tempo todo contra seus empregadores, ainda que estes, sejam irmãos na fé. Reclamam dos colegas de trabalho, dizendo que vivem sendo perseguidos. Estão insatisfeitos com tudo e com todos. Gemem pela sua libertação física e, quando Deus os dá a oportunidade de serem empreendedores, tornam-se negligentes, extremamente negligentes, com a Palavra e a obra de Deus.
Antes reclamavam que eram oprimidos pelos empregadores e, por isso, não tinham tempo de trabalharem para Deus, agora, que são seus próprios patrões, não trabalham para Deus por que o tempo que eles têm é devotado para o seu negócio. Eu sempre falo para os irmãos que, não acredito que Deus vai abrir uma porta, de emprego ou de negócio próprio, para alguém, que vá se tornar um empecilho para o culto ou qualquer outra atividade na igreja.
Precisamos remir nosso tempo e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo a tempo e fora de tempo.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.