Vigilância e oração, pois a carne é fraca.

Mateus 26:41
 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Quando Jesus entrou na vida de Pedro, o mero pescador foi transformado em um novo homem. Seus objetivos e suas prioridades mudaram. Entretanto, Pedro não era perfeito, ele jamais deixou de ser Simão Pedro. Temperamento, caráter e personalidade só são mudados quando estamos verdadeiramente convertidos e isso nos leva a imaginar o que Jesus viu em Simão para atribuir a ele um novo nome: Pedro, que significa “pedra”. Com um temperamento impulsivo, Pedro certamente não agia com a firmeza e segurança de uma rocha na maioria das vezes.

Mas, como a forma de Deus trabalhar é inexplicável, ao escolher seus seguidores, Jesus não procurava pessoas ideais, mas reais. O Senhor escolheu pessoas que poderiam ser modificadas por seu amor e, posteriormente, enviou-as para transmitir o evangelho, demonstrando que sua receptividade estava disponível a todos, mesmo para aqueles que frequentemente caíam. E, assim como a Pedro, podemos cogitar a nosso respeito – “o que Jesus vê em nós, ao convidar-nos para segui-lo?” Sabemos que Ele aceitou Pedro e, apesar de seus erros, este continuou a fazer grandes coisas para Deus.

Pedro (já convertido) foi uma ‘rocha’ e uma coluna da igreja nos seus primeiros anos. Devido à sua fé e ardor, ao seu temperamento (agora transformado) gentil e de mente aberta, além de seus dotes intelectuais (dom de sabedoria), ele ajudou a igreja em seus dias iniciais e mais difíceis da possível desintegração. Pedro tornou-se um líder reconhecido entre os discípulos de Jesus, estava entre os três mais próximos do Mestre. Pedro foi a primeira grande expressão do evangelho, durante e depois do Pentecostes.

Embora Pedro possuísse sólida fé e sincero amor a Jesus, em três ocasiões chegou a negá-lo, pois era frágil em certas situações. Pedro presenciou a transfiguração de Cristo, mas não compareceu ao Calvário. Contudo, fortalecido pelo Espírito Santo no Pentecostes, pregou o Evangelho com vigor e presidiu a eleição de Matias como o substituto de Judas Iscariotes e o Concilio de Jerusalém de onde partiram os apóstolos para pregarem os ensinamentos do Mestre. Pedro fundou as linhas apostólicas da Antioquia e da Síria, as mais antigas sucessões do Cristianismo que subsistem ainda hoje em várias ortodoxias sírias.

Por fim, Pedro foi preso por ordem do rei Herodes Agripa I e encaminhado para Roma durante o reinado de Nero que o condenou à morte por crucificação (de cabeça para baixo) em 67 dC., tornando-se, assim, mais um mártir do Cristianismo. O novo nome que o Messias lhe deu servia para simbolizar que ele seria a “rocha” sobre a qual se assentaria a Igreja (que nesse contexto representa o Reino do Céu). Evidentemente que a ‘pedra’ a qual se referiu Jesus apontando para Pedro não significava que a igreja seria edificada sobre a pessoa de Pedro. Pedro não seria o fundador da igreja, mas que seria um líder incomparável.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5